Política

Campos Neto defende manutenção da meta fiscal

"De certa forma, hoje o importante é persistir na meta [fiscal]", disse Campos Neto

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (27), em audiência na Câmara dos Deputados, que o Brasil defende a manutenção das metas fiscais já definidas e que há “boas notícias pela frente”.

“A gente tem um tema de harmonia de política monetária e fiscal, é importante. O sistema de metas de inflação precisa ter ancoragem fiscal também”, disse.

“De certa forma, hoje o importante é persistir na meta [fiscal]. A razão pela qual existe questionamento é que existem receitas adicionais para atingir esse número”, pontuou Campos Neto.

Apesar de reconhecer a dificuldade do governo em cortar gastos, o presidente do BC acredita que, mesmo que a meta fiscal não seja atingida, os agentes financeiros irão reconhecer os esforços estatais.

“Mesmo que a meta não seja cumprida, os agentes econômicos vão ver o esforço para cumprir”, relatou Campos Neto.

Ata do Copom: BC avalia ambiente incerto com relação à inflação

O Banco Central (BC) divulgou na manhã da última terça-feira (26) a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Na última semana, a instituição determinou a redução da taxa básica de juros de 13,25% para 12,75%.

Nesse sentido, no comunicado divulgado ao mercado, o Copom assegurou que seguirá com os cortes de juros em meio ponto nas próximas reuniões, destacando que é “pouco provável” uma intensificação no ritmo.

Segundo o documento, o comitê avalia como “incerto” o ambiente externo e a dinâmica de inflação.

“Os bancos centrais das principais economias seguem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, seja dando continuidade a seus ciclos de aperto monetário, seja sinalizando um período prolongado de juros elevados para combater as pressões inflacionárias ou indicando um período de pausa ainda em um ciclo de elevação de juros”, escreveu.

O Copom notou ainda a elevação das taxas de juros de longo prazo dos Estados Unidos e a perspectiva de menor crescimento na China, ambas exigindo maior atenção por parte de países emergentes.

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