Política

Campos Neto diz que petróleo não subiu tanto com conflito em Gaza

Campos Neto ainda reiterou que não há perspectiva de queda importante dos preços diante das incertezas

Campos Neto diz que petróleo não subiu tanto com conflito em Gaza / Agência Brasil
Campos Neto diz que petróleo não subiu tanto com conflito em Gaza / Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admitiu nesta segunda-feira (23) que o preço do petróleo não subiu tanto após o início do conflito entre Israel e o Hamas. Além disso, Campos Neto reiterou que não há perspectiva de queda importante dos preços diante das incertezas.

Em palestra feita durante evento promovido pelo “Estadão” e a B3, Campos Neto ainda pontuou que, no caso dos alimentos, a expectativa é de volatilidade dos preços, sem contribuição para a desinflação no mundo.

Campos Neto: “inflação nos EUA parece estrutural”

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ainda avaliou nesta segunda-feira (23), durante evento realizado na sede do “Estadão”, que olha com atenção a inflação nos EUA e a disparada dos rendimentos do tesouro público.

Ao abrir o evento nesta segunda, Campos Neto pontuou que as taxas mais altas nos Estados Unidos levantaram quase todas as curvas de juros. “Está ficando mais claro uma interpretação menos benigna e mais estrutural”, disse.

“Sendo estrutural, existe a pergunta de em quanto tempo os juros seguirão mais altos”, comentou Campos Neto.

Ainda de acordo com o banqueiro, o risco-país nos EUA foi o pior do ano. “Os juros mais altos nos EUA levantaram quase todas as curvas de juros no mundo”, afirmou Campos Neto.

China é outra fonte de cuidado

Ainda de acordo com Campos Neto, a China, o maior parceiro comercial do Brasil, também é olhado com cuidado no cenário global.

O presidente do BC lembra que o próprio governo chinês já informou que irá mudar o modelo de negócio de crescimento, baseado em inovação e consumo local.

Presente no encerramento da Conferência Anual do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), em São Paulo, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse nesta segunda-feira (23) que a mais próspera das parcerias é a entre o Brasil e a China. Segundo Alckmin, o país asiático é o parceiro comercial mais importante do País nos dias atuais.