Roberto Campos Neto, presidente do BC (Banco Central) disse ser “fake news” o rumor sobre um possível nome para suceder seu mandato na instituição. Não cabe ao BC indicar sucessor e uma sucessão suave não será promovida, com quem quer que for, segundo ele.
Campos Neto também classificou como “fake news” uma suposta pretensão de criar uma fintech em Miami-EUA quando saísse do BC. “Não sei de onde saiu isso. Eu tenho familiares em Miami, mas isso nunca passou pela minha cabeça”, declarou ele.
Ainda de acordo com o presidente da autoridade monetária, há a percepção de que o PIB potencial do Brasil subiu um pouquinho.
“Não tem nenhum estudo que correlaciona custo de intermediação financeira com crescimento do PIB potencial, mas a gente sabe que uma coisa está ligada a outra”, destacou Campos Neto, de acordo com o “Valor Investe”.
O comentário foi sobre uma possível relação entre a atualização do sistema financeiro nos últimos anos e o crescimento do PIB potencial.
“É difícil de ser medido, mas existem algumas evidências anedóticas nesse sentido”, comentou.
Campos Neto questiona alta do PIB potencial
Segundo o executivo, a alta do PIB potencial leva a questionamentos, pois os economistas têm errado as previsões para o PIB há três anos seguidos.
O presidente citou o menor tempo de abertura de empresa, bem como para demissões e contratações de colaboradores, como potenciais razões para o fator.
“Temos percepção que o PIB potencial subiu um pouquinho, os economistas falam de 1,8% para 1,9%. Acho que a intermediação financeira contribuiu, se pensarmos que bancarizamos muita gente e novos modelos de negócios foram criados”, finalizou Campos Neto.
Brasil é um ‘caso fiscal’, disse o presidente do BC
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, destacou a importância de alinhar as políticas fiscal e monetária. Ele enfatizou que é crucial para essas políticas trabalharem em conjunto. O programa foi publicado na última quarta-feira (3).
Durante a entrevista conduzida por Alexandre Tombini, ex-presidente do BC e atual representante-chefe do BIS para as Américas, Campos Neto destacou que o Brasil é um “caso fiscal”.
“O Brasil teve muitos problemas em cortar gastos de forma estrutural, tivemos algumas tentativas e algumas reformas, mas acho que é o ponto mais importante”, disse.