Bastidores

Campos Neto nega rumores sobre saída do BC

"Não cabe ao BC indicar sucessor e uma sucessão suave não será promovida, com quem quer que for", disse Campos Neto.

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Roberto Campos Neto, presidente do BC (Banco Central) disse ser “fake news” o rumor sobre um possível nome para suceder seu mandato na instituição. Não cabe ao BC indicar sucessor e uma sucessão suave não será promovida, com quem quer que for, segundo ele.

Campos Neto também classificou como “fake news” uma suposta pretensão de criar uma fintech em Miami-EUA quando saísse do BC. “Não sei de onde saiu isso. Eu tenho familiares em Miami, mas isso nunca passou pela minha cabeça”, declarou ele.

Ainda de acordo com o presidente da autoridade monetária, há a percepção de que o PIB potencial do Brasil subiu um pouquinho. 

“Não tem nenhum estudo que correlaciona custo de intermediação financeira com crescimento do PIB potencial, mas a gente sabe que uma coisa está ligada a outra”, destacou Campos Neto, de acordo com o “Valor Investe”.

O comentário foi sobre uma possível relação entre a atualização do sistema financeiro nos últimos anos e o crescimento do PIB potencial.

“É difícil de ser medido, mas existem algumas evidências anedóticas nesse sentido”, comentou.

Campos Neto questiona alta do PIB potencial

Segundo o executivo, a alta do PIB potencial leva a questionamentos, pois os economistas têm errado as previsões para o PIB há três anos seguidos. 

O presidente citou o menor tempo de abertura de empresa, bem como para demissões e contratações de colaboradores, como potenciais razões para o fator.

“Temos percepção que o PIB potencial subiu um pouquinho, os economistas falam de 1,8% para 1,9%. Acho que a intermediação financeira contribuiu, se pensarmos que bancarizamos muita gente e novos modelos de negócios foram criados”, finalizou Campos Neto.

Brasil é um ‘caso fiscal’, disse o presidente do BC

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, destacou a importância de alinhar as políticas fiscal e monetária. Ele enfatizou que é crucial para essas políticas trabalharem em conjunto. O programa foi publicado na última quarta-feira (3).

Durante a entrevista conduzida por Alexandre Tombini, ex-presidente do BC e atual representante-chefe do BIS para as Américas, Campos Neto destacou que o Brasil é um “caso fiscal”.

“O Brasil teve muitos problemas em cortar gastos de forma estrutural, tivemos algumas tentativas e algumas reformas, mas acho que é o ponto mais importante”, disse.

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