A última pesquisa CNT/MDA, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), antes do primeiro turno das eleições aponta para relativa estabilidade na disputa pela Presidência da República. Luiz Inácio Lula da Silva, do PT (Partido dos Trabalhadores), ainda tem vantagem, apontando para 44,2% da preferência do eleitorado, oscilando para cima dentro da margem de erro ante os 43,4%. Já Jair Bolsonaro (PL) soma 36,3% dos votos totais, contra 34,8% na pesquisa anterior.
Segundo a pesquisa, divulgada neste sábado (01), a vantagem do petista caiu para 7,9 pontos percentuais, em comparação aos 8,6 pontos do levantamento anterior.
Ciro Gomes (PDT) vem na sequência com 4,5%, ante 5,6%. Simone Tebet (MDB) soma 4,3%, contra 4,7% no levantamento anterior. Brancos e nulos são 4,2% (ante 4,1%) e indecisos representam 4,3% (ante 6%).
Na contagem de votos válidos, levados em conta para a totalização pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula aparece com 48,3%, enquanto Bolsonaro tem 39,7% no primeiro turno.
Já em um cenário de segundo turno entre Lula e Bolsonaro, que lideram as pesquisas eleitorais, o petista venceria por 50,4% a 41,2% do atual Presidente. Na pesquisa anterior feita pelo instituto, Lula tinha 49,4% e Bolsonaro somava 39,3%.
O levantamento do MDA entrevistou 2.002 pessoas de forma presencial entre os dias 28 e 30 de setembro, portanto reflete, parcialmente, a opinião dos eleitores pós-debate transmitido pela TV Globo na última quinta-feira (29).
A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, e tem nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada junto ao TSE sob o código BR 02944/2022.
Vitória de Bolsonaro daria fôlego às estatais?
O assessor de investimentos da Valor Investimentos, Paulo Luives, explica que, apesar de ser difícil dizer quais papéis podem se beneficiar ou não, devido às incertezas que rondam a dinâmica fiscal do País em cada governo, as estatais ganhariam um fôlego “muito interessante”.
“Petrobras e Banco do Brasil, principalmente, se beneficiariam, por conta da maior independência das estatais nos últimos anos, conversas de privatização que ocorreram, como na Eletrobras, por exemplo, isso tudo favorece essas companhias”, disse Luives sobre uma possível manutenção do governo.
De acordo com Rodrigo Crespi, analista da Guide Investimentos, a casa de análise enxerga Sabesp, Banco do Brasil e Petrobras como estatais que poderiam se beneficiar, com Bolsonaro novamente à frente do Governo Federal, devido ao viés “mais pró-mercado”.