O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira (30) que “não está morto” politicamente após ser condenado e considerado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Além disso, Bolsonaro afirmou que pensa em recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Em entrevista coletiva, feita em Belo Horizonte (MG), Bolsonaro afirmou que “acredita ter sido a primeira condenação por abuso de poder político” e que ela se trata de um “crime sem corrupção”.
O ex-presidente ainda criticou a postura do TSE, alegando que foi proibido de “até de fazer lives” da casa dele – no caso, o Palácio da Alvorada, em Brasília.
Além disso, Bolsonaro alegou também que o TSE “trabalhou contra as suas propostas” e que ele, durante o mandato, respeitou a Constituição, “muitas vezes a contra gosto”.
Bolsonaro diz que levou “uma facada nas costas” após decisão do TSE
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (30) que levou “uma facada nas costas” após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) o tornar inelegível por oito anos. A declaração de Bolsonaro foi feita nesta manhã à imprensa, em Belo Horizonte (MG).
Nesta sexta-feira, o TSE formou maioria para condenar o ex-presidente e deixá-lo inelegível pelo prazo de oito anos. O voto decisivo foi dado pela ministra Cármen Lúcia.
O placar final ficou em 5 a 2 pela condenação de Jair Bolsonaro. Confirmada a condenação e a inelegibilidade, o ex-presidente ficará fora das eleições até 2030.
Bolsonaro: TSE mantém multa contra campanha por fake news
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu em 20 de julho manter a condenação da campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro ao pagamento de multa de R$ 90 mil pela divulgação de um vídeo na internet para insinuar que o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria a favor do aborto. A gravação foi veiculada durante as eleições do ano passado.
Em dezembro de 2022, a campanha de Bolsonaro foi multada após determinação da ministra Maria Claudia Bucchianeri, que proferiu decisão individual após pedido liminar feito pela campanha de Lula.
Na ocasião, os advogados alegaram que foi utilizado impulsionamento na internet para fazer propaganda eleitoral irregular para veicular informações falsas que Lula seria “contra a vida, a família e a religião cristã”.
Após a decisão, o caso voltou a ser julgado definitivamente na sessão de hoje. Pelo placar de 7 votos a 1, o tribunal manteve a aplicação da multa para Bolsonaro.
Em maio, em outra decisão envolvendo fake news contra Lula, o TSE condenou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao pagamento de multa de R$ 5 mil por acusar o presidente de ter “relação com o demônio”. Os ministros entenderam que o vídeo foi editado para prejudicar a imagem do então candidato.