Residência presidencial

Presidência gasta energia equivalente ao Rock in Rio 

A residência detém despesas de R$ 380 mil com limpeza e R$ 114 mil com água

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

O consumo de energia do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, equivale ao necessário para manter o Rock in Rio pleno funcionamento por uma semana. A comparação foi feita em reportagem publicada neste domingo (15) pelo jornal O Globo. O jornal destacou a disparidade entre os custos da residência oficial e os padrões de consumo comuns no setor público.

Atualmente ocupada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a residência detém despesas de R$ 380 mil com limpeza e R$ 114 mil com água. Além disso, o local demandou R$ 1,7 milhão em manutenção ao longo de 2024. Os números acendem um alerta sobre a necessidade de revisão e maior transparência nos gastos da administração federal.

Com 36 mil m² de área total, o Palácio da Alvorada conta com seis suítes, piscina semiolímpica, cinema, biblioteca com mais de 3 mil obras, além de heliponto, bar e capela. Essa infraestrutura justifica, em parte, o elevado consumo de energia do imóvel, que é operado diariamente por 40 funcionários fixos.

Custos e infraestrutura do Palácio da Alvorada

A residência oficial, além de representar o poder institucional, funciona como uma instalação de alto padrão, exigindo cuidados comparáveis aos de um resort ou museu histórico. A climatização, por exemplo, depende de 50 aparelhos de ar-condicionado.

Diante dessa estrutura, é natural que haja um impacto relevante no orçamento da Presidência. Segundo o Economic News, a escolha de manter o imóvel em funcionamento gera debates sobre racionalidade administrativa. As dúvidas se mantém, pois há alternativas mais simples, como o Palácio do Jaburu ou a Granja do Torto.

Histórico e consumo de energia

Nos anos 1980, por falhas no projeto, o excesso de calor impossibilitava reuniões diurnas. Em 1986, por exemplo, o então presidente José Sarney só pôde reunir sua equipe à noite para discutir o Plano Cruzado. Desde então, mesmo com a modernização dos sistemas elétricos, o alto consumo de energia do Palácio da Alvorada permanece acima da média.