Política

Crise hídrica não acabará este ano, afirma MME

Albuquerque assegurou que 'hoje’ não será preciso racionamento de energia, mas que monitoramento será permanente

Crise hídrica não acabará este ano
(Foto: Agência Brasil)

O ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque, afirmou que a crise na energia elétrica não acabará até o fim de 2021. O ministro ressaltou que “hoje” o Brasil não tem a necessidade de racionamento de energia, mas que “monitoramento é permanente”

Em entrevista feita nesta segunda-feira (6) ao Globo, Bento comentou que a tendência é que os reservatórios fiquem ainda mais baixos até o final do ano e não devem voltar às atividades normais até dezembro.

“Evidentemente, nós não estamos preocupados só com 2021. Mas também com 2022, 2023, 2024. Porque os nossos reservatórios estão em níveis baixos e ficarão ainda mais baixos até o fim do ano. As coisas não vão se resolver em dezembro, muito menos em abril de 2022”, afirmou Bento.

Grande parte das represas do Sudeste e do Centro-Oeste chegará ao fim deste ano com menos de 10% da capacidade de água, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

O ministro reiterou que o mês de Setembro será fundamental para avaliar a eficácia dos programas de conscientização lançados pelo governo.

“O mês de setembro se caracteriza de maior importância, porque lançamos os programas. Se a demanda não reduzir, ou se o programa de resposta da demanda não corresponder à expectativa de reduzir o consumo na ponta, vamos ter que trabalhar na oferta, na ampliação da geração”, explicou o ministro.

Bento também disse que o presidente Jair Bolsonaro foi informado do risco de crise hídrica desde outubro de 2020, quando fez uma apresentação junto com o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, e com Rodrigo Limp, ex-secretário de Energia do MME e atual presidente da Eletrobras.

O ministro comentou que partiu do presidente a sugestão de criar uma campanha para incentivar a redução do consumo. A previsão é gastar R$ 120 milhões em comerciais na televisão, rádio e internet.