Dilma Rousseff (PT) deve assumir a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), instituição financeira criada pelos países do bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS). A informação é do jornalista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”.
O atual presidente do NBD, Marcos Troyjo, já acertou sua saída do cargo com o governo e foi convidado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para ocupar um cargo na administração estadual.
Segundo Jardim, todos os demais países do BRICS aceitaram a indicação da petista, que deixou a presidência da República em 2016 após um processo de impeachment. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o responsável pela indicação de Dilma para a liderança do NBD.
Lula quer que Dilma já esteja na presidência do Banco dos Brics durante a sua viagem à China, agendada para março. Caso a ex-presidente aceite o cargo, ela morará em Xangai e ficará na presidência da instituição até 2025.
Lula não irá mudar lei de independência do BC, diz Padilha
Não há qualquer discussão dentro do governo Lula (PT) de mudar a lei de independência do Banco Central, segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Em entrevista à “CNN”, na última quinta-feira (09), o ministro também disse que a atual taxa de juros do Brasil – atualmente em 13,75% – prejudica investimentos. Além disso, Padilha afirmou que um dos mecanismos de prestação de contas previsto na lei de independência do BC é a ida ao Congresso Nacional do presidente da autarquia.
As declarações do ministro surgem em um momento de tensão entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto.
Lula critica BC e diz que atual taxa de juros atrapalha o Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na última terça-feira (7). Lula afirmou que o País terá dificuldades de crescer com a atual taxa básica de juros, mantida em 13,75% pelo Banco Central.
Para o petista, a taxa de juros poderia ter estar em patamares menores. Lula entende que isso ajudaria na geração de empregos e no crescimento econômico, já que juros altos elevam o preço do crédito.
“Não é possível que a gente queira que este país volte a crescer com taxa de 13,75%. Nós não temos inflação de demanda. É só isso. É isso que eu acho que esse cidadão [Campos Neto], indicado pelo Senado, tenha possibilidade de maturar, de pensar e de saber como vai cuidar deste país. Ele tem muita responsabilidade”, disse Lula.