O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na quarta-feira (13) que é essencial uma vitória no primeiro turno das eleições para que o risco de golpe seja menor, segundo informações da “Folha de S. Paulo”. A afirmação foi feita durante um almoço com parlamentares aliados e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Além disso, segundo o jornal, os participantes da conversa afirmaram que Lula diz ter certeza que obterá apoio do MDB, utilizando como argumento que o PT cedeu ao partido dez arranjos políticos estaduais sem pedir nada em troca e que tem mantido pontes com Bivar que, segundo ele, “odeia” o Bolsonaro.
De 22 e 23 de junho, Lula tinha 53% dos votos válidos, segundo a última pesquisa do Datafolha. Sendo necessário 50% dos votos mais um, para que o candidato ganhe no primeiro turno.
De acordo com a “Folha de São Paulo”, os participantes da reunião disseram que o ex-presidente Lula disse que em um cenário normal, preferiria uma disputa presidencial com dois turnos, pois dessa forma há mais oportunidades de debate e discussão de seus programas, porém, uma vitória em primeiro turno seria essencial este ano.
Ameaça Golpista
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Segundo a “Folha de São Paulo”, a ameaça golpista foi tema central da reunião. O objetivo principal foi garantir que Pacheco, considerado último recurso de defesa da democracia, defenda a mesma nas eleições, e garanta a posse dos eleitos.
Rodrigo Pacheco afirmou ser o melhor recurso para manter a democracia, segundo a “Folha de São Paulo”. A posição do presidente do Senado tem sido bem diferente da do presidente da Câmara, Arthur Lira, apoiador do atual presidente, Jair Bolsonaro.
Lula afirmou que Bolsonaro e seus filhos foram eleitos pelas urnas eletrônicas, e por isso, é importante que o Senado dialogue com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e se posicione diante dos ataques ao sistema eleitoral.
Lula também afirmou que acredita que o presidente busca fazer o mesmo que Trump, o qual está sendo investigado por instigar a invasão ao congresso americano, ato realizado após as eleições, como maneira de impedir a posse do presidente eleito, Joe Biden.
