O Ministério da Defesa entregou nesta quarta-feira (09) ao TSE um relatório produzido pelos militares das Forças Armadas sobre a fiscalização do sistema eletrônico de votação. Segundo documento assinado pelo próprio ministro, Paulo Sérgio, a equipe técnica das Forças Armadas não atesta seguranças às urnas, porém não reconhece fraude nas eleições. Clique aqui para ver o documento completo.
“Do trabalho realizado, destaco dois pontos. Primeiro, foi observado que a ocorrência de
acesso à rede, durante a compilação do código-fonte e consequente geração dos programas (códigos binários), pode configurar relevante risco à segurança do processo”, escreveu o general.
“Segundo, dos testes de funcionalidade, realizados por meio do Teste de Integridade e do Projeto-Piloto com Biometria, não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”, completou o ministro da Defesa.
Segundo o Ministério da Defesa, o documento foi produzido por uma equipe composta por militares de carreira especialistas em gestão e operação de sistemas de tecnologia da informação, em engenharia de computação e de telecomunicações e em defesa cibernética.
TCU não encontra irregularidades em urnas
O TCU (Tribunal de Contas da União) não encontrou divergências nos boletins das urnas eletrônicas que foram analisadas durante a auditoria realizada no segundo turno das eleições. As informações são da “Agência Brasil”.
Segundo o órgão, nenhuma divergência foi encontrada pelos técnicos nos 604 boletins analisados com base nas informações disponibilizadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O boletim é impresso pelos mesários após o encerramento da votação e afixado na porta da seção eleitoral. O documento contém o número de votos por candidato, nulos, brancos e dados sobre o equipamento de votação. O relatório será anexado ao processo que trata da auditoria das eleições em conjunto com a Justiça Eleitoral. O resultado final está previsto para o início de 2023.
Em julho, antes das eleições presidenciais, o TCU concluiu que o sistema eletrônico de votação do Brasil é seguro e que não havia riscos relevantes para a realização do pleito.