R$ 7 milhões

Empresa investigada pela PF fechou contrato com ministério

Segundo a CGU (Controladoria-Geral da União), a R7 Facilities é investigada por participar de grupo criminoso que usava "laranjas"

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Foto: Reprodução

A R7 Facilities, principal investigada pela PF (Polícia Federal) por fraude em licitações na Operação Dissimulo, realizada nesta terça-feira (11), fechou um contrato de R$ 7 milhões com o Ministério da Agricultura e Pecuária após o início das investigações. A empresa é suspeita de fraudar licitações na terceirização de serviços.

Segundo a CGU (Controladoria-Geral da União), a R7 Facilities é investigada por participar de grupo criminoso que usava “laranjas” como sócios para ocultar os reais donos. A apuração dos crimes começou em 2024, enquanto o contrato com o ministério, que inclui serviços de apoio administrativo, foi fechado em 7 de janeiro de 2025.

O valor total contratado é de R$ 7.169.315,04, por serviços que devem ser prestados até 2026.

O nome que aparece no contrato como representante da empresa é o de Gildenilson Braz Torres, nome suspeito de ser laranja da R7 Facilities, uma vez que se trata de um técnico em contabilidade, morador da periferia do Distrito Federal e ex-beneficiário do auxílio emergencial, segundo informações “Metrópoles”.

Empresa mantém contrato com outros ministérios

O grupo investigado ainda tem dezenas de contratos com a Administração Pública, a maioria de anos anteriores, algumas mantidas e atualizadas pelas pastas. Enquanto isso, o MGI (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos) desclassificou a empresa, que venceu licitação de R$ 300 milhões de prestação de serviços para vários órgãos.

O Tribunal Regional do trabalho da 10ª região também suspendeu um contrato de R$ 60 milhões após as suspeitas, segundo informações do “Metrópoles”.

A R7 Facilities também teria demitido funcionários que protestaram contra salários atrasados. Pelo menos oito funcionários foram demitidos, há duas semanas, de acordo com o “Metrópoles”. O MPT (Ministério Público do Trabalho) vai investigar as demissões.

A PRT-10 (Procuradoria-Regional do Trabalho) já estava investigando a falta de pagamento.