O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou nesta quarta-feira (6) que não comparecerá à cúpula do G20 em Joanesburgo, no final deste mês, mencionando, entre seus motivos, os esforços da África do Sul para combater a desigualdade.
“A África do Sul está fazendo coisas muito ruins. Expropriando propriedade privada. Usando o G20 para promover ‘solidariedade, igualdade e sustentabilidade’. Em outras palavras: DEI [Diversidade, Equidade e Inclusão] e mudanças climáticas”, afirmou Rubio em uma postagem no X, segundo o Valor.
Seus comentários vão ao encontro das críticas do presidente dos EUA, Donald Trump, e do empresário Elon Musk, nascido na África do Sul, em relação às leis de propriedade de terras no país.
“Meu trabalho é defender os interesses nacionais dos EUA, não desperdiçar dinheiro dos contribuintes ou mimar o antiamericanismo”, completou o secretário.
EUA: negociações fora da Bolsa comprometem eficiência do mercado
Nos EUA, a maior parte das negociações envolvendo ações não é mais pública, sendo realizada fora da Bolsa, conforme apontaram dados compilados pela Bloomberg. Esse fenômeno pode comprometer a eficiência do mercado, considerando que menos ordens são visíveis publicamente, tornando a descoberta de preços menos transparente.
Além disso, o cenário pode aumentar os custos de negociação. Ou seja, com menos liquidez nos “books públicos”, pode haver maior discrepância entre preços negociados em ambientes off-exchange e aqueles registrados nas bolsas reguladas.
“As negociações em mercado de balcão têm melhorado a transparência na formação de preços pelo avanço tecnológico, mas continuam apresentando maior risco devido à baixa liquidez e menores requisitos para as empresas negociarem suas ações”, comentou Bruno Corano, economista da Corano Capital, ao BP Money.
A predominância do mercado de balcão e das dark pools — plataformas privadas de negociação que possibilitam a execução de grandes volumes de ações sem que essas ordens sejam publicamente exibidas antes da execução — pode beneficiar investidores institucionais, reduzindo o impacto de ordens de grande porte sobre os preços e diminuindo a volatilidade momentânea, segundo Bruna Allemann, head da mesa internacional da Nomps.