Política

"Faraó do Bitcoin": TRE do Rio barra candidatura a deputado

O Faraó do Bitcoin ficou conhecido após ser acusado de aplicar um golpe bilionário em investidores

Conhecido como o “Faraó do Bitcoin”, o empresário Glaidson Acácio dos Santos teve sua candidatura a deputado federal barrada, por unanimidade, pelo TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral), nesta segunda-feira (12). 

O colegiado de desembargadores decidiu que ele deveria ficar inelegível por constar como sócio em empresas denunciadas por crimes contra o sistema financeiro nacional. O Faraó do Bitcoin ficou conhecido após ser acusado de aplicar um golpe bilionário em investidores do Rio de Janeiro.

O TRE reafirma o entendimento da Procuradoria Regional Eleitoral, que havia pedido a cassação do registro. Ainda cabe recurso ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). 

Relator do processo, o desembargador Luiz Paulo Araujo afirmou que a Justiça Eleitoral deve levar em conta “vida pregressa do candidatos” na hora de analisar os pedidos de candidatura.

“O legislador ordinário não apenas prestigiou a vontade popular soberana, ele também deu concretude aos cânones constitucionais da moralidade e da ética”, disse, segundo o Infomoney.

O empresário cumpre prisão preventiva há mais de um ano, pela suspeita de operar um esquema fraudulento com criptomoedas iniciado em Cabo Frio, na Região dos Lagos, no Rio, por meio de sua empresa Gas Consultoria.

Sua esposa, Mirelis Zarpa, e mais 15 pessoas são acusadas de participar da fraude. Mirelis segue foragida da Justiça. Segundo a Polícia Federal, o esquema movimentou cerca de R$ 40 bilhões em 10 anos.

No registro de sua candidatura pelo partido Democracia Cristã (DC), Santos declarou patrimônio de R$ 60 milhões.

Faraó do bitcoin terá que pagar R$ 9,3 bilhões a 120 mil pessoas

O empresário está sendo processado por mais de 120 mil pessoas que, ao todo, esperam receber cerca de R$ 9,3 bilhões. 

Sua empresa, a Gas Consultoria, prometia retornos de 10% ao mês aos milhares de clientes. Agora, os usuários tentam receber o que foi investido através da administração judicial do caso.

Embora 120 mil clientes tenham procurado a Justiça, mais de 300 mil pessoas já investiram na empresa do Faraó do bitcoin, que movimentou R$ 38 bilhões no mercado.