O ministro da Justiça, Flávio Dino, negou pretensão de concorrer à Presidência em 2026 e disse que apoiará uma tentativa de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Eu tenho um candidato em 2026 que se chama Luiz Inácio Lula da Silva. É meu candidato, terá meu voto, meu apoio e militância. E depois? Quem faz plano para 2030 está precisando de tratamento médico. Eu não faço plano, eu vejo o governo Lula se reafirmando e ele candidato à reeleição”, declarou em entrevista ao Brasil 247, no sábado (27).
Dino também avaliou a reconstrução institucional e a relação entre os Poderes, que considera mais harmônica, apesar das divergências. Em relação ao Congresso, ele criticou as mudanças feitas pelos parlamentares na medida provisória (MP) da Esplanada dos Ministérios. “Essa semana tivemos mais uma tentativa de avanço, de apoderamento de uma função, que na minha interpretação compete ao Presidente da República: configurar a Esplanada dos Ministérios”, disse, acrescentando que o Congresso também tem muito poder sobre o orçamento público.
Já em relação ao Judiciário e eventuais excessos, especialmente em relação às críticas sobre a atuação do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), Dino disse que é irresponsável tentar enfraquecer a instituição. “Se não fosse o Supremo, essa entrevista estaria sendo feita no exílio. Sem o Supremo não teria tido eleição”, disse.
Dino ainda comentou sobre a judicialização da política e disse que, na atual conjuntura, isso é uma necessidade, mas que, no futuro, alguns aspectos deverão ser revistos.
Com informações do Estadão/Broadcast.
Lula defende indústria forte e faz “aceno” para agronegócio
O presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a indústria brasileira e a importância disso no país. “A gente quer que a indústria brasileira cresça, mas a gente quer que a exportação de commodities continue crescendo”, afirmou o chefe do executivo. Além disso, Lula ainda fez um “aceno” para a atividade do agronegócio, setor que o governo tem mais dificuldade de relações.
As falas do presidente foram concedidas durante o evento do Dia da Indústria promovido pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na quinta-feira (25). Lula defendeu que o país tenha uma política industrial “ativa e altiva”, mas sem tirar a importância do agronegócio. As informações são da Reuters.
“Tem muita gente que fala em crescimento industrial e relega a um lugar muito secundário o agronegócio, a exportação de commodities”, afirmou.
“A gente quer que a indústria brasileira cresça, mas a gente quer que a exportação de commodities continue crescendo. O Brasil precisa ser exportador cada vez mais de grãos, cada vez mais de carne, cada vez mais das coisas que nós sabemos produzir. E isso não atrapalha a indústria”, acrescentou.
O presidente também incentivou o investimento por meio de instituições financeiras, dizendo que o BNDES ( Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e os bancos estatais “precisam colocar dinheiro no mercado”, para atender os empresários menores.