O decano do STF, Gilmar Mendes, declarou que a Corte dará as respostas adequadas para manter a democracia no Brasil. Mendes afirmou nesta quinta-feira (19) que o tribunal “sempre que provocado, saberá dar a resposta penal que o caso exige” ao falar sobre as investigações da tentativa de golpe de Estado no Brasil para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dos atos golpistas de 8 de janeiro.
Mendes disse que o cenário de uma trama golpista “gera perplexidade e indignação”. As declarações de Mendes foram feitas durante o encerramento do ano Judiciário.
O decano se dirigiu pessoalmente ao ministro Alexandre de Moraes e afirmou que ele “enche de orgulho a nação brasileira” por ter demonstrado “ponderação e assertividade na condução dos múltiplos procedimentos adotados para a defesa da democracia”. As informações foram obtidas pelo jornal Valor.
Mendes também disse que Moraes tem sua plena “solidariedade e apoio”.
Gilmar Mendes: ‘turbulências políticas’ estão ligadas a falta de apoio do Executivo
O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, abordou nesta segunda-feira (12) temas que vão desde crises políticas até a recente possibilidade de adoção do semipresidencialismo. As afirmações foram feitas durante o painel político “Os desafios institucionais e o papel do Judiciário no desenvolvimento econômico nacional”, no evento anual da Warren Investimentos.
Gilmar Mendes apresentou uma análise profunda das estruturas de poder e governança no país. Respondendo à pergunta do moderador sobre a crise institucional que o Brasil tem enfrentado desde 2014, Mendes destacou que as turbulências políticas no país estão frequentemente associadas à falta de uma base de apoio sólida por parte do chefe do Poder Executivo.
“Nós temos assistido a esse fenômeno, e o Congresso Nacional ganha uma importância que, muitas vezes, revela-se extremamente positiva”, afirmou.
No entanto, o ministro apontou que essa configuração também gera desafios, como a divisão de recursos entre o Congresso e o Executivo, mencionando que, atualmente, cerca de R$ 50 bilhões ficam com o Congresso e outros R$ 50 bilhões com o Executivo.