Lei Magnitsky

Governo avalia acionar Justiça dos EUA contra sanção a Moraes

Uma das alternativas em discussão é contratar um escritório de advocacia nos EUA para representar Moraes diretamente

O minsitro Alexandre de Moraes/ Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O minsitro Alexandre de Moraes/ Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda recorrer à justiça americana para  tentar reverter as sanções impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, ao ministro Alexandre de Moraes.

Uma das alternativas em discussão é contratar um escritório de advocacia nos EUA para representar Moraes diretamente. 

Outra proposta avaliada envolve levar aos tribunais americanos uma tese baseada na defesa da soberania das instituições brasileiras, incluindo o Judiciário.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, ministros do STF e membros do governo discutiram o tema ao longo desta quarta-feira (30), um dia após os EUA anunciarem sanções contra Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, sob acusação de violações de direitos humanos e censura a empresas e cidadãos americanos.

Três ministros ouvidos afirmaram não ver sinais de recuo por parte do governo americano.

A Lei Magnitsky, já usada contra magistrados da Venezuela, permite aos EUA impor sanções administrativas a estrangeiros acusados de corrupção ou abusos. 

É a primeira vez que a medida atinge um juiz brasileiro e envolve bloqueios considerados uma “pena de morte financeira”.

O STF destaca que as decisões de Moraes são tomadas em colegiado e que a Corte seguirá atuando com independência. 

Já o governo Lula afirma que a soberania do país é inegociável e que a medida dos EUA não afetará o julgamento do ex-presidente.