O Governo Federal, por meio do Ministério da Economia, informou neste sábado (23) que será realizado bloqueio extra de R$ 6,739 bilhões no Orçamento federal de 2022. Assim, o total contingenciado no ano chegou a R$ 12,74 bilhões. Até esta sexta-feira (22), estavam bloqueados R$ 5,997 bilhões, mas foi necessário mais cortes para cumprir o teto de gastos.
“O detalhamento do bloqueio [por ministérios] sairá daqui uma semana”, afirmou a pasta em comunicado à imprensa.
Segundo o Ministério da Economia, os números incorporam a derrubada de veto à Lei Paulo Gustavo (R$ 3,86 bilhões) e a aprovação do piso salarial dos agentes comunitários de saúde (R$ 2,24 bilhões).
O Ministério ainda trouxe novas projeções para o resultado primário. A projeção para receita primária total passou para R$ 2,226 trilhões, com aumento de R$ 59,014 bilhões. A estimativa para as receitas líquidas de transferências, por sua vez, passou para R$ 1,774 trilhão, ante R$ 1,722 trilhão em maio.
A previsão de despesa primária subiu para R$ 1,834 trilhão em 2022, sendo que as despesas obrigatórias aumentaram R$ 46,746 bilhões, para R$ 1,679 trilhão.
A pasta divulgou que a estimativa de déficit primário passou para R$ 59,354 bilhões, ante R$ 65,5 bilhões previstos anteriormente. Os dados se referem ao governo central (Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central) e já englobam os efeitos da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) das bondades e a lei que impõe limite para ICMS dos combustíveis.
O Governo também anunciou que as discricionárias caíram R$ 927 milhões, para R$ 154,246 bilhões. Os dados serão divulgados na próxima segunda-feira (23), em entrevista do secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago. Também falarão o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, e o secretário de Orçamento, Ariosto Culau.