Política

Governo publica exoneração de Gabriel Galípolo da Fazenda

Dario Durigan assume secretaria-executiva da pasta

O economista Gabriel Galípolo foi exonerado do cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda, conforme publicado na edição matutina do Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (20). Em seu lugar, foi nomeado o advogado Dario Durigan, velho conhecido do ministro Fernando Haddad (PT).

A movimentação de Gabriel Galípolo já havia sido anunciada por Haddad há mais de 40 dias e ocorre após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar Galípolo para a diretoria de Política Monetária do Banco Central. No entanto, para assumir a nova posição no BC, Galípolo ainda precisa passar por uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, agendada para a próxima terça-feira (27), e ser aprovado em votação secreta no plenário. Analistas políticos acreditam que o economista não enfrentará dificuldades para ser aprovado pela casa legislativa.

CAE marca sabatina de Galípolo para 27 de junho

O CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado deve realizar a sabatina do atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, no dia 27 de junho, ocasião em que sua indicação à diretoria de Política Monetária do Banco Central será avaliada pelo colegiado, segundo pauta da comissão já agendada. As informações são da Reuters

Após passar pela CAE, o nome de Galípolo ainda precisa ser submetido a votação secreta no plenário do Senado.

Uma vez chancelado pelos senadores, Galípolo fica autorizado a assumir um cargo responsável por cuidar dos instrumentos de juros e câmbio, além de orientar tecnicamente a administração das reservas internacionais do país, no que pode ser apenas o começo de seus passos na instituição.

Galípolo foi indicado ao estratégico papel pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem tem proximidade.

O economista formado pela PUC-SP, com mestrado em economia política, tornou-se homem de confiança do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e, já na transição, usou suas conexões para fazer a ponte do futuro ministro com o mercado financeiro, ajudando a amainar a desconfiança que havia no setor com o novo governo.

Além disso, Galípolo tem mais um ativo: uma relação com Campos Neto – que já o parabenizou pela indicação -, podendo azeitar a comunicação entre a atual diretoria e o governo.