O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, revelou, nesta quinta-feira (25) ter conversado no último sábado (19 de julho) com o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, por videoconferência, disse a Agência Gov.
Contato faz parte das tentativas de negociação para arrefecer a sobretaxa de 50% sobre produtos exportados do Brasil para os EUA.
De acordo com o ministro, a conversa durou cerca de 50 minutos. “Foi uma conversa longa, colocando todos os pontos e destacando o interesse do Brasil na negociação”, disse Alckmin durante entrevista coletiva em Brasília.
Vice-presidente ressaltou que a conversa foi centrada na busca de solução para a questão comercial, seguindo a orientação do presidente Lula de não deixar a negociação se contaminar por questões políticas ou ideológicas.
“Em vez de ter um perde-perde, com inflação nos Estados Unidos e diminuição das nossas exportações para o mercado americano, nós devemos resolver os problemas, aumentar a complementaridade econômica, a integração produtiva, investimentos recíprocos. Enfim, avançarmos numa agenda extremamente positiva”, afirmou.
“O Brasil nunca saiu da mesa de negociação, não criamos esse problema, mas queremos resolver. Nós estamos empenhados em resolver”, ratificou.
CNI comanda missão para negociar tarifas nos EUA
O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban, revelou nesta sexta-feira (25) que a entidade vai conduzir uma missão empresarial aos EUA para ajudar as negociação das tarifas de 50% sobre produtos importados brasileiros.
Um grupo de senadores, liderados por Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), deve partir nesta sexta-feira para Washington com o mesmo objetivo.
Durante um fórum com entidades do setor produtivo, Alban disse que a mobilização da CNI tem o objetivo de sensibilizar empresas brasileiras e norte-americanas, junto aos respectivos governos, sobre os prejuízos da medida do governo americano, disse O Globo.
“Principalmente para que a gente possa discutir a conveniência, pertinência, e a adequação de juntar as empresas americanas em um futuro próximo, nas próximas duas ou três semanas, em caso de se confirmar as tarifas para que possamos a fazer em viagem aos EUA, a sensibilização das empresas brasileiras ao governo brasileiro, e na sensibilização das empresas americanas junto ao governo americano” declarou Alban.