O governo federal está promovendo uma ampla campanha digital para alcançar empreendedores e trabalhadores autônomos. A ação, que inclui anúncios nas redes sociais, busca fortalecer a comunicação com um segmento que é prioridade para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu terceiro mandato.
Com a crise envolvendo o Pix e o aumento da desconfiança em relação ao governo, o esforço publicitário tem ganhado intensidade, as informações foram apuradas pelo portal Exame.
Quando analisados os últimos 30 dias, o número de anúncios para o primeiro grupo chega a 47, enquanto o segundo soma 26 peças. Nesse período, o governo gastou R$ 1,5 milhão em 63 anúncios. Os dados apontam que o movimento é recente, já que os números não se alteram ao se considerar os últimos três meses.
Nova estratégia
A chegada de Sidônio Palmeira à secretaria de Comunicação Social (Secom) impulsionou a estratégia digital do governo. Nos últimos sete dias, o executivo gastou R$278 mil em 23 anúncios no Instagram e no Facebook, plataformas da Meta, segundo a biblioteca de anúncios da empresa.
Parte dessa verba foi destinada a divulgar o Programa Acredita, que oferece renegociações de dívidas e crédito para pequenos empreendedores. A Meta permite que os anunciantes segmentem o público-alvo com base em palavras-chave e interesses.
Na última semana, 17 peças foram direcionadas para os termos “trabalhador autônomo” e “freelancer”. Outros três anúncios buscaram atingir usuários interessados em “pequenas e médias empresas”, “micro-empresária” e “comerciantes”.
Rui Costa diz que Haddad ‘ficou mais forte’ após crise do Pix
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, negou que o enfraquecimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após a derrota do governo sobre a nova fiscalização da Receita Federal com o Pix. Segundo o ministro, aconteceu o contrário, Haddad “ficou mais forte”.
“Ao contrário […] Haddad saiu mais forte”, disse Rui Costa após ter sido questionado se Haddad saiu mais fraco do episódio.
“A partir dessa reunião, a minha sensação, que estou há dois anos no governo e participei de várias reuniões, é que, de todas as reuniões que eu participei, essa foi a que eu mais gostei, a que eu mais senti uma percepção de unidade, de galvanização do conjunto dos ministros”, prosseguiu o ministro em conversa com jornalista nesta segunda-feira (20).