Setor privado

Governo lança nova modalidade de crédito para trabalhadores

A liberação do novo modelo começa em 21 de março e os pedidos serão feitos por meio da carteira de trabalho digital

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lança nesta quarta-feira (12), um novo modelo de crédito consignado para trabalhadores do setor privado. A linha de crédito poderá ser utilizada para ter acesso a empréstimos mais baratos com garantia do FGTS. A liberação do novo modelo começa em 21 de março e os pedidos serão feitos por meio da carteira de trabalho digital.

A operação do novo consignado privado será realizada em etapas. Inicialmente, só estarão disponíveis novos empréstimos pela modalidade. O desconto das parcelas será na folha de salários, mensalmente, o que permite taxas de juros inferiores às praticadas pelos convênios. Quando o tomador de empréstimo for demitido ou trocar de emprego, não será preciso necessariamente quitar o saldo devedor

O país conta com 47 milhões de trabalhadores formais e a expectativa do governo é de que o crédito pela modalidade triplique. A meta é atingir R$120 bilhões com o novo modelo, com benefício, sobretudo, para empregados de pequenas e médias empresas, além de trabalhadores domésticos. A linha de crédito é destinada a todos os empregados com carteira assinada, um universo de 40 milhões de pessoas. 

Etapas

Segundo cronograma compartilhado com instituições financeiras, a plataforma será lançada em versão simplificada para acesso gradativo de bancos e clientes, segundo normas operacionais que serão futuramente divulgadas.

Para o fim de abril, o acesso à linha de crédito poderá ser feito também por aplicativos de banco integrados ao novo modelo. Nesse momento será possível a troca de dívidas de juros mais altos pelos juros com taxas menores. Os sistemas legados são considerados mais complexos, assim como a migração para nova modalidade.

Em junho, há previsão de portabilidade da função, sendo possível migrar de instituição financeira sem a necessidade de renunciar à linha de crédito. Estimativas da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) revelam o potencial de crescimento na adesão ao programa. Hoje, as linhas de crédito ficam restritas a trabalhadores de grandes empresas.