Ministério da Fazenda

Governo nega controle de dividendos como retaliação aos EUA

Nota foi republicada no perfil do X do Ministério da Fazenda

Prédio do Ministério da Fazenda, na Esplanada dos MInistérios em Brasília.  (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)
Prédio do Ministério da Fazenda, na Esplanada dos MInistérios em Brasília. (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

O Ministério da Fazenda negou, nesse sábado (19), que o governo esteja considerando medidas de controle sobre dividendos como forma de retaliação à tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos importados do Brasil. Informações via MoneyTimes.

Nota foi republicada no perfil do X do Ministério da Fazenda.

A negativa afasta especulações que circulavam entre integrantes do Palácio do Planalto sobre eventuais medidas para lidar com o tarifaço norte-americano.

De acordo com o Poder 360, integrantes da equipe econômica entendem que o Brasil não deve penalizar empresas americanas por uma decisão considerada de natureza política, tomada por Trump.

A medida comercial foi vinculada, entre outros fatores, ao tratamento dado pelo Brasil ao ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe.

Apesar do agravamento nas relações diplomáticas, o governo brasileiro ainda aposta na via diplomática e aguarda resposta à carta enviada aos Estados Unidos solicitando a revisão da medida.

Tarifa dos EUA pode gerar perda de US$ 5,9 bi para o Brasil

banco Daycoval estima que a tarifa de 50% na importação de produtos brasileiros nos EUA pode reduzir cerca de 15% no volume das exportações do Brasil para o país norte-america.

Caso entrem em vigor no dia 1º de agosto, a receita com vendas externas pode sofrer um impacto estimado em US$ 5,9 bilhões, o que representaria uma queda de aproximadamente 0,3 ponto percentual (p.p.) no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, disse o MoneTimes.

Apesar do grande impacto em setores como o de combustíveis, aço e aeronaves, a demanda estadunidense por produtos brasileiros é considerada relativamente inelástica no curto prazo, ou seja: os EUA têm dificuldade para substituir esses itens por fornecedores de outros países.