O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou novamente a boa colaboração entre o Executivo e o Legislativo, ressaltando que “a parceria está funcionando bem”.
O chefe da parta também mencionou que o país não enfrenta uma situação de “tudo ou nada”.
“Se a política fiscal e monetária se combinarem, vamos crescer tranquilamente, sem inflação”, destacou durante participação em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (22).
Haddad apontou que a taxa de juros real no Brasil é “extremamente restritiva”. Ele também acredita que há uma percepção equivocada de que a inflação está alta. “Isso não está ocorrendo”, afirmou.
Anteriormente, Haddad havia comentado que parecia haver um “fantasminha influenciando as pessoas” e dificultando os planos de desenvolvimento do governo.
Além disso, Haddad afirmou que a reforma tributária vai “eliminar” os gastos tributários excessivos. Ele pediu ao Congresso Nacional que confie no governo, assegurando que “vamos colher os resultados”.
O ministro também destacou o interesse do governo em garantir uma recuperação rápida para o Rio Grande do Sul.
Lula: mesmo que Haddad erre, o governo dará certo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quarta-feira (8), em cerimônia no Palácio do Planalto, que, mesmo que o ministro da Fazenda Fernando Haddad cometa erros, ainda assim o governo dará certo.
“Eu disse ao ministro Haddad esta semana: ‘se tudo der errado, ainda [o governo] vai dar certo. Quero dizer, não tem jeito, mesmo que você [Haddad] erre, não tem jeito [de o governo dar errado]. O Brasil vai voltar a ser grande, escrevam isso porque estamos com apenas 15 meses de governo”, afirmou o presidente.
O presidente não deu mais detalhes sobre o diálogo com o líder da Fazenda. Fernando Haddad está em conflito com o Congresso Nacional desde que recorreu aos tribunais para pedir a inconstitucionalidade da lei que prorrogou a desoneração. O movimento do ministro irritou o Congresso.