
O ministro Fernando Haddad (PT-SP) e equipe econômica do governo federal se encontrarão ainda hoje, domingo (8), com lideranças partidárias para apresentar alternativas ao aumento do IOF (Imposto sobre Operação Financeira), disse a Agência Brasil.
O encontro está previsto para ser realizado na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) , e contará também com a presença do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UNIÃO-AP).
Desde o dia 22 de maio o decreto que aumenta as aliquotas do IOF, como forma de aumentar a arrecadação, tem gerado polêmicas no cenário nacional. Hugo Motta estabeleceu um prazo de dez dias para que a equipe econômica encontrasse uma solução para o desconforto.
Terça-feira (3), Fernando Haddad informou que algumas partes do decreto podem ser revistas. “Preciso de pelo menos parte das medidas para rever o decreto. Tenho a Lei de Responsabilidade Fiscal, o arcabouço [fiscal], uma série de constrangimentos legais que me impõem uma obrigação que tenho que cumprir. No que diz respeito ao ano que vem, temos liberdade. No que diz respeito a esse ano, preciso aguardar uma reunião com os líderes para uma definição definitiva”, justificou o ministro.
IOF: Haddad se diz confortável para implantar soluções
O ministro da fazenda Fernando Haddad (PT) disse que as conversas com os presidentes do senado e da câmara dos deputados durante o fim de semana sobre o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) o deixam e à equipe econômica “muito confortável” para os próximos passos referentes ao cumprimento das metas fiscais de 2025. Declaração foi feita nesta segunda-feira (2), durante a sua chegada ao ministério.
Haddad também acredita que medidas que serão tomadas para melhorar tanto as questões estruturais quanto a regulação do IOF devem ser decididas antes do prazo de dez dias estipulado por Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da câmara de deputados e Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do senado federal. “Não dá para dissociar mais uma coisa da outra” afirmou, segundo a Agência Brasil.
Na avaliação do ministro, a instituição não pode perder de vista a importância de pautar discussões necessárias e a transparência das ações do governo. Haddad também afirmou que não é do interesse da gestão fazer o uso de decretos para ampliar a agenda que está sendo posta. “O decreto foi para resolver um problema pontual, distorções pontuais. Se nós ficarmos de decreto em decreto, não vamos fazer o que o país precisa, que é apontar um horizonte de médio e longo prazo de sustentabilidade”, disse.