O presidente Lula, aos 79 anos, apresenta uma recuperação satisfatória após passar por uma cirurgia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. De acordo com a equipe médica que acompanha o caso, ele está estável, lúcido e se alimenta sem dificuldades.
A cirurgia, com duração de aproximadamente duas horas, foi necessária para a drenagem de um hematoma extracraniano, uma complicação comum em quedas como a que Lula sofreu em outubro no banheiro do Palácio da Alvorada.
Segundo os médicos, o hematoma formou-se fora do cérebro e o presidente apresentou sintomas como mal-estar, náuseas e um estado semelhante ao de uma gripe.
Os médicos Marcos Stavale, Ana Helena Germoglio, Roberto Kalil, Rogério Tuma e Mauro Suzuki conversaram com a imprensa e tranquilizaram a todos ao descartar possíveis complicações futuras desse tipo. Eles preveem que Lula possa ter alta no início da próxima semana.
A cirurgia e a recuperação do presidente são sinais positivos, mas os especialistas reforçam a importância de acompanhamento constante devido ao histórico de complicações causadas pela queda anterior.
Veja relato do presidente sobre a queda
Lula descreveu a queda no banheiro em uma entrevista à RedeTV! no início de novembro. Segundo ele, a queda sofrida resultou em uma “batida muito forte” da cabeça e que ele achou que “tinha rachado o cérebro”.
“Eu caí de onde eu nunca deveria ter caído. Veja, eu cheguei 16h30 no sábado, em casa, vindo de São Paulo e eu sentei para cortar a minha unha, cortei minha unha, lixei minha unha, sentado num banquinho que eu sempre sentei. E atrás do banco que estava sentado tem o espelho, as gavetas onde guardam as coisas e uma hidromassagem, grande, de 1,5 metros de altura. Eu estava sentado”, descreveu.
“Quando eu fui guardar o estojo, ao invés de mexer com o banco, eu mexi só com o corpo. O dado concreto é o seguinte: que não teve mais espaço e aí a minha bunda não levitou. Então eu caí e bati com a cabeça. Foi uma batida muito forte, saiu muito sangue, eu achei que tinha rachado o cérebro, rachado o casco.”
Lula mencionou que foi encaminhado diretamente para a unidade do Hospital Sírio-Libanês em Brasília e afirmou ter a impressão de que a situação era algo “muito mais grave” do que ele imaginava.
“Eu achei que era uma coisa muito mais grave. A batida mexeu com o cérebro, estou fazendo ressonância magnética a cada três dias. Agora vou fazer uma última, uma última não, fazer uma no domingo para ver se estou 100% curado”, afirmou o presidente.