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Lula reúne ministros para discutir Meta (M1TA34) e regulamentação das redes

Presidente se reunirá na manhã de sexta-feira (10) com ministros do governo para discutir as recentes decisões da Meta

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula Da Silva se reunirá na manhã de sexta-feira (10) com ministros do governo para discutir as recentes decisões da Meta (M1TA34) a respeito da política de checagem de fatos da plataforma anunciada pelo CEO (diretor-presidente) Mark Zuckerberg na terça-feira (7).

Com apuração do portal Exame, o futuro ministro da SECOM (Secretária de Comunicação), Sidônio Palmeira, que ainda não foi nomeado ou tomou posse oficialmente, estará presente no encontro, ao lado de outros membros do primeiro escalão do governo.

“Vou fazer uma reunião hoje e eu acho que é extremamente grave [a decisão da Meta]. As pessoas querem que a comunicação digital não tenha a mesma responsabilidade do cara que comete um crime na imprensa escrita”, disse o chefe do Executivo, que completou: “É como se um cidadão pudesse ser punido porque ele faz uma coisa na vida real e não pudesse ser punido se ele faz a mesma coisa na digital”. O presidente também falou sobre a necessidade de que as legislações dos países sejam respeitadas.

“O que nós queremos, na verdade, é que cada país tenha a sua soberania resguardada. Não pode um cidadão, dois cidadãos, não podem três cidadãos achar que podem ferir a soberania de uma nação.”

Deputado quer convidar Meta para se explicar sobre mudanças

O vice-líder do governo na Câmara, deputado federal Alencar Santana (PT-SP), afirmou que vai propor um convite para a Meta explicar as mudanças na plataforma, que deve abandonar a checagem de fatos para implementar notas de usuário. A decisão foi anunciada em vídeo por Mark Zuckerberg na terça-feira (7).

Santana disse que vai apresentar o requerimento para isso em fevereiro, após o recesso parlamentar. Segundo o deputado, em postagem na rede social X, a Meta “abraçou o conceito de liberdade de expressão defendido pela extrema-direita”.

Ainda, ele afirmou que o Facebook e o Instagram “vão afrouxar a vigilância sobre a difusão de teorias da conspiração e dos discursos de ódio”.

“Estamos diante de um retrocesso gigantesco em matéria de direitos humanos. O anúncio feito pelo dono da Meta acende um sinal de alerta porque essa nova orientação das plataformas tem potencial de mandar boa parte da humanidade de volta ao obscurantismo da Idade Média”, publicou.

“Não poderemos aceitar isso passivamente”, completou.

Com as mudanças, a Meta deve passar para os usuários das redes a função de verificar a veracidade de informações postadas. No anúncio, Zuckerberg criticou, ainda, supostos “tribunais secretos” na América Latina e acusou a Europa de “institucionalizar a censura”.

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