Nos próximos três anos

Lula vincula renovação de acordo com Enel a investimento de R$ 20 bi

A Enel propôs um investimento de R$ 20 bilhões no Brasil nos próximos três anos

 Enel/Divulgação
Enel/Divulgação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o Brasil está interessado em renovar o acordo com a Enel, desde que a empresa se comprometa a investir no país.

De acordo com Lula, a Enel propôs um investimento de R$ 20 bilhões no Brasil nos próximos três anos, garantindo que não haverá mais apagões nos estados sob sua responsabilidade.

“O Brasil está disposto a renovar o acordo se eles assumirem o compromisso de investimento”, afirmou Lula em uma coletiva de imprensa neste sábado, 15, na Itália. Durante uma conversa com representantes da Enel à margem do G7, a empresa prometeu investir R$ 20 bilhões nos próximos três anos, um aumento significativo em relação aos R$ 11 bilhões anteriores, além de assegurar que não haverá mais apagões nas regiões onde operam.

O presidente da República informou que, na próxima semana, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, apresentará uma proposta ao presidente para decidir sobre a renovação do contrato.

Enel vai elevar juros de seus títulos ESG após descumprir metas

A Enel vai elevar o pagamento em juros aos investidores de seus títulos com foco em sustentabilidade. A notícia vem após a companhia italiana de energia ser penalizada por não cumprir suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa.

Com a meta não cumprida em 2023 pela Enel, os títulos no valor de cerca de US$ 11 bilhões pagarão 83 milhões de euros (US$ 89 milhões) em juros adicionais.

Essa foi a penalidade mais significativa até o momento, num mercado em que os primeiros títulos foram emitidos pela Enel em 2019. Além disso, a crise energética decorrente da invasão da Ucrânia pela Rússia dificulta os compromissos climáticos.

Outra organização que sentiu os impactos do conflito foi a Public Power Corp, da Grécia, que também não conseguiu cumprir um objetivo semelhante.

“Devido à crise sem precedentes enfrentada pelo sistema energético europeu em 2022 e 2023, as reduções de emissões do grupo em 2023 não foram suficientes”, declarou a Enel, de acordo com o “InfoMoney”.

Em relação à meta estabelecida, a organização pontuou que “apesar destas circunstâncias sem precedentes, a intensidade das emissões do grupo em 2023 permaneceu alinhada com a trajetória de 1,5°C”.