Isenção do IR

‘Tem que tirar de alguém’, diz Lula sobre taxar milionários

Lula afirmou que considera injusto que pessoas que ganham até R$ 5 mil paguem, proporcionalmente, mais impostos do que grandes fortunas

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (11) que a promessa de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil é uma questão de justiça, mas ressaltou que, para concretizar essa medida, será necessário obter recursos de outras fontes: “tem que tirar de alguém”, disse.

Essa fala veio após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ter mencionado na quinta-feira (9) que uma das alternativas avaliadas pelo governo federal para viabilizar essa reforma no imposto de renda seria a taxação de grandes fortunas, direcionada a indivíduos com patrimônio elevado.

“O que eu quero é fazer sentido da justiça, e eu acho que a gente tem que tirar de alguém”, disse o presidente em entrevista à rádio CBN Fortaleza.

Lula afirmou que considera injusto que pessoas que ganham até R$ 5 mil paguem, proporcionalmente, mais impostos do que grandes fortunas. 

O presidente reiterou que a meta é ampliar a faixa de isenção do imposto de renda para beneficiar ainda mais contribuintes com rendas mais baixas.

“Não se pode cobrar 27% ou 15% de um trabalhador que ganha R$4 mil e deixar os caras que recebem herança e não pagam. […] Na minha cabeça, a ideia é que o salário não é renda. Renda é o cara que vive de especulação, esse sim deveria pagar imposto de renda”, defendeu.

Lula quer transparência no debate sobre a reforma do IR

Lula enfatizou que a discussão sobre impostos deve ser aberta e transparente. “As pessoas precisam saber quem paga o quê e quanto,” destacou o presidente. 

Atualmente, a isenção do Imposto de Renda se aplica apenas para rendimentos de até R$ 2.824 mensais, o equivalente a dois salários mínimos. 

A reforma do IR, que visa isentar quem ganha até R$ 5 mil, é uma das principais bandeiras do governo, mas o ministro Fernando Haddad afirmou que o governo não está sob pressão para entregar o projeto. Quatro cenários de compensação estão sendo considerados para viabilizar a mudança.

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