O GPA (PCAR3), dono dos supermercados Pão de Açúcar, Mercado Extra e Compre Bem, afirmou nesta terça-feira (01) que está registrando atrasos pontuais no recebimento e expedição de algumas mercadorias nas lojas, por conta dos bloqueios e manifestações nas estradas que acontecem. Desde domingo (30), apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tomam as rodovias do País.
As dificuldades no abastecimento, no entanto, ainda não têm impacto significativo, segundo a empresa. “A rede informa que está monitorando e acompanhando o desdobramento dessa situação, esperando que seja normalizada o mais rapidamente possível, e com o menor prejuízo aos consumidores”, afirmou, em nota, o GPA.
A companhia ainda afirmou que “trabalha em alternativas para minimizar ao máximo qualquer intercorrência”.
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Já o Carrefour Brasil (CRFB3), dono da marca Atacadão, disse que segue sem grandes problemas de abastecimento em suas lojas em função dos volumes de estoques, acrescentando, em nota, que busca alternativas para caso as paralisações continuem.
Também nesta terça-feira, o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, disse que lojas do setor começaram a enfrentar dificuldades de abastecimento diante dos bloqueios.
Galassi afirmou, em comunicado, que pediu a Bolsonaro apoio sobre as “dificuldades de abastecimento que já começam a enfrentar os supermercadistas em função da paralisação dos caminhoneiros nas estradas do país”.
Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), foram contabilizados, na manhã desta terça-feira, 271 bloqueios em rodovias federais. De acordo com a corporação, 192 bloqueios já foram desfeitos. Na segunda-feira (31), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, determinou que a PRF libere as vias. A decisão foi submetida ao plenário da Corte e já há maioria para mantê-la.
As ações do GPA (PCAR3) operavam em alta por volta das 16h10 (horário de Brasília) desta terça-feira (01), subindo 2,04%, a R$ 22,50.
