Os caminhoneiros paralisaram as atividades por uma hora, nesta quarta-feira (1), em bases bases da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de todo País. O intuito do movimento foi alertar o Governo Federal e a Petrobras (PETR4) sobre os preços do Diesel e a possibilidade de falta do combustível. Wallace Landim (um dos responsáveis pela greve dos caminhoneiros de 2018), afirmou que, caso não haja sinalização do governo sobre o preço do diesel, a paralisação deverá ser intensificada.
“A gente começou a receber agora os vídeos (da paralisação). A sugestão era pra parar em todas as PRFs do território nacional, como forma de protesto e alerta, mostrando que a gente está unido. Foi um ato de sinalização”, disse Wallace Landim, líder dos caminhoneiros, em entrevista exclusiva ao BP Money.
Landim destacou que a paralisação desta quarta foi somente um alerta para o Governo e à Petrobras. Entretanto, o líder dos caminhoneiros deixou claro que caso não haja novidades sobre o preço do diesel – e a possibilidade de escassez – a categoria aumentará a paralisação gradualmente.
“A paralisação de hoje foi só um alerta. Fizemos em um horário bom, para não afetar ninguém. A ideia é, se não houver uma sinalização do Governo Federal sobre o diesel, intensificar isso”, salientou Landim.
Veja também: Exclusivo: líder dos caminhoneiros fala em greve e pede transparência de Petrobras e Bolsonar
A politíca de paridade de preços com o mercado internacional tem feito com que a Petrobras reajuste os valores dos combustíveis. Este, inclusive, é o maior questionamento dos caminhoneiros, além de ter entrado, também, nos debates políticos.
Além dos preços do diesel, os caminhoneiros também tem indagado a Petrobras sobre a possibilidade de desabastecimento do combustível.
Na semana passada, Landim havia citado a “falta de transparência” da Petrobras e do Governo Federal. Nesta semana, durante entrevista ao BP Money, o líder dos caminhoneiros voltou a tocar no assunto e falou em “falta de respeito” da estatal petroleira com a categoria.
“Hoje eu participei da CFT (Comissão de Finanças e Tributação), presencialmente, onde eu vi um desrespeito total por parte da própria Petrobras, da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e de uma comissão que foi convidada pra participar e debater referente ao combustível. O pessoal participou de forma virtual. Isso mostra o desrespeito total que eles estão tendo com o povo e a nossa categoria”, concluiu o líder da greve dos caminhoneiros de 2018.