O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou mais uma vez na última sexta-feira (3), durante entrevista para o Rádio TC, que confia no governo e não ver motivo para o impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
“Não há um ser humano que não tenha cometido um erro. Às vezes dois erros, três erros. Às vezes, por temperamento, você comete o mesmo erro várias vezes. Agora, uma coisa são palavras, outra são os atos. Você pode cometer excessos em palavras, xingar e ofender alguém. Mas e nos seus atos? Você está violando responsabilidade fiscal para sofrer um impeachment?”, afirmou.
O ministro ainda disse que é necessário enxergar a diferença entre palavra e atos. “Tem gente que fala muito e não viola a lei e gente que fala elegante e viola a lei”.
Guedes também reconheceu as falas, que segundo ele algumas são inadequadas, de Bolsonaro e pontuou que às vezes um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ou parlamentares podem cometer excessos.
“Mas se as instituições funcionaram, elas acabam recomendando ao indivíduo que volte para dentro das quatro linhas. Se está saindo das quatro linhas, jogando fora das regras, fora da Constituição, as instituições vão corrigindo isso. Às vezes alguém pula a cerca, mas aí tem VAR, todo mundo vê e começa a turma do deixa disso”, concluiu.
Para o ministro, o “vai e vem” faz parte da democracia. “Os excessos são de parte a parte. Tem muito desrespeito em relação à Presidência. Às vezes tem desrespeito em relação ao STF, em relação à mídia. Às vezes a mídia conta narrativas que não são as mais adequadas, mas confio na mídia como instituição, embora haja milícias. Tem milícia para todo lado”, disse.
Guedes também levou em consideração que para um ambiente de negócio exige um bom equilíbrio entre os poderes. “Mas temos que evitar que isso vire uma corrida nuclear. Temos que moderar”, completou.