Em evento realizado pelo Credit Suisse, Paulo Guedes, ministro da economia, mostrou estar confiante quanto à aprovação da reforma do Imposto de Renda no Senado, da mesma forma que ocorreu na Câmara.
Segundo o ministro, o importante é seguir a Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), voltando a taxar lucros e dividendos e desonerando as empresas.
Guedes ainda afirmou que, inicialmente, seu plano era reduzir a tributação do faturamento corporativo de 34% para 21,5%, mas não conseguiria compensação. Por isso, aceitou na negociação a queda de 8 pontos, para 26%.
Entretanto, reiterou que se a arrecadação ficar acima do previsto e registrar superávit, os ganhos serão passados em novas redução de carga tributária.
A respeito da pessoa física, o parlamentar indicou que a 32 milhões de contribuintes irão se beneficiar da correção da tabela do IR, acrescentando que o governo não vai mexer nas alíquotas. O motivo, de acordo com ele, é de que se se houver inflação à frente, as pessoas pagariam imposto inflacionário.
“Queremos que todos saibam que inflação é perda para todos”, comentou.
Em relação as estatais, o ministro pretende continuar privatizando-as até o fim do mandato, pois, em sua visão, o desinvestimento é o caminho para reduzir a relação dívida/PIB.
“Vamos vender os Correios, vamos vender a Eletrobras este ano, imóveis”, disse.