O minstro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou sobre o texto-base do arcabouço fiscal, aprovado na noite de terça-feira (24), na Câmara dos deputados e declarou que a regra ficou mais dura, e angariou o maior apoio possível. “É uma regra feita para durar, pode mudar um parâmetro ou outro daqui a 4 ou 5 anos. Mas o desenho de sustentabilidade está garantido com esse placar. Isso é mais importante do que se vai poder gastar R$ 5 bilhões a mais ou a menos no ano que vem”, falou o ministro.
Haddad argumentou que a aprovação expressiva do arcabouço fiscal na Câmara é uma vitória de todos. Segundo ele, o Congresso “descolou” o tema da polarização entre governo e oposição. As informações são do Estadão.
O ministro também defendeu que era preciso “sair daquela armadilha e sair responsavelmente”, e comentou que a votação foi do agrado de todos. ” O presidente Arthur deve estar confortável, o relator (Claudio Cajado), o Ministério da Fazenda está confortável. O presidente Lula deve ter tido uma notícia do seu agrado.
Câmara aprova novo arcabouço fiscal
O novo arcabouço fiscal foi aprovado na noite desta terça-feira (23) pela Câmara dos Deputados. O texto do projeto determina novas regras para a gestão das contas públicas.
Ao todo, foram 372 votos a favor da aprovação e 108 contrários. A partir de agora, os deputados votarão os destaques, instrumento legislativo que permite mudanças ao texto diretamente no plenário.
Nesse sentido, a nova regra fiscal substitui o atual teto de gastos, um mecanismo que limita o crescimento de grande parte das despesas da União à inflação. Ela foi enviada pelo governo ao Congresso em abril e aprovada nesta terça.
O próximo passo do novo projeto é para a análise no Senado. Nesta manhã, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), informou aos jornalistas que irá apresentar um pedido de urgência para acelerar a votação do projeto também na Casa Alta.