O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), enfatizou a conjuntura global desafiadora e a surpresa positiva do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil neste ano durante reunião do IMFC (Comitê do Fundo Monetário Internacional).
“O desempenho da economia brasileira superou as expectativas com um crescimento resiliente e inflação em queda”, afirmou Haddad, segundo fontes do “Broadcast”, do “Estadão”.
Em seguida, o petista teria falado da revisão do FMI (Fundo Monetário Internacional) para o crescimento econômico do País em 2023, de 0,9% em abril para mais de 3% no relatório econômico do Fundo publicado essa semana, durante as reuniões anuais, que acontecem nesta semana em Marrakesh, no Marrocos.
Em discurso, Haddad teria citado a aprovação do novo arcabouço fiscal e a aprovação da reforma tributária na Câmara.
“O novo arcabouço fiscal e o conjunto de medidas na área da arrecadação reforçaram a confiança na sustentabilidade fiscal do Brasil”, pontuou o ministro, durante fala ao Comitê do FMI.
Além disso, Haddad também aproveitou para falar da presidência brasileira no G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo. Ele teria reiterado o foco do País em “trabalhar para fomentar a inclusão social e combater a fome e a pobreza no mundo, focando na transição energética e no desenvolvimento sustentável nas suas três dimensões, social, econômica e ambiental”.
Ao comentar sobre a economia mundial, o ex-presidenciável classificou a conjuntura global como “desafiadora”. “Embora a inflação tenha caído, o chamado pouso suave da economia global ainda não está assegurado”, disse Haddad.
Haddad diz que mundo enfrenta crise atrás de crise
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse na sexta-feira (13) que o mundo atravessa um momento crítico e está enfrentando crise atrás de crise. A declaração de Haddad foi feita durante discurso sobre a presidência do Brasil no G20.
“A economia mundial está em um momento crítico. Em vez do triunfo da globalização e de uma ordem mundial liberal centrada no livre comércio, o que vemos hoje é uma crescente fragmentação geoeconômica e um multilateralismo ineficaz, para não falar de uma nova crise da dívida no Sul Global e uma catástrofe ambiental iminente”, afirmou o ministro brasileiro, que está em Marrakech, Marrocos.
Haddad ainda defendeu a necessidade de uma nova estratégia econômica global, algo chamado de “multilateralismo do século XXI”, para fazer frente a essas crises globais.