Lula 2026
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abriu a porta para uma mudança relevante no cenário político de Lula em 2026. Isso porque, ele pode deixar o governo para atuar diretamente na campanha de reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A sinalização, feita em entrevista publicada pelo jornal “O Globo”, reacende o debate sobre o papel do ministro na estratégia eleitoral e seus próximos passos dentro, ou fora, da Esplanada.

Haddad afirmou já ter comunicado ao presidente sua disposição de contribuir na elaboração do programa eleitoral e na articulação política do próximo ano. Segundo ele, a recepção de Lula foi positiva.

“A reação dele foi muito amigável… qualquer decisão que você tome eu vou respeitar”, relatou o ministro ao relembrar a conversa.

Haddad e a campanha de Lula em 2026

O ministro reforçou que sua eventual saída da Fazenda não está ligada a pretensões pessoais. O objetivo, disse, é fortalecer o projeto de reeleição do PT e ajudar na construção do plano de governo.

Ele também destacou que a decisão será tomada em conjunto com Lula, conforme o calendário eleitoral avançar.

A sinalização ocorre em meio à necessidade de organizar, desde já, debates econômicos e políticos que devem ganhar força ao longo de 2026, especialmente em um ambiente de disputas internas, negociações partidárias e definição de prioridades para o segundo mandato.

Ministro descarta disputa em SP e nega candidatura

Embora o nome de Haddad tenha sido ventilado para possíveis candidaturas em São Paulo, ao Senado ou ao governo estadual, ele rejeitou totalmente essa possibilidade.
“Já informei ao presidente do PT… não serei candidato”, afirmou.

Ele observou que participou de “três eleições muito difíceis” no período crítico para o partido e que sua contribuição agora será em outra frente.

Caso Lula peça que ele ajude na articulação em São Paulo, Haddad minimiza: não vê motivo para transformar isso em conflito.

Permanência na Fazenda e o impacto no governo

Haddad disse não trabalhar com um plano sobre permanecer na Fazenda em um eventual segundo mandato. Para ele, a prioridade é garantir que 2026 seja um ano de debates tranquilos e de campanha bem estruturada.

“Nunca pedi cargo na minha vida. Pretendo me manter assim”, declarou, indicando que sua saída, caso ocorra, não tem data marcada. Em suma, a definição dependerá do andamento eleitoral e de conversas futuras com Lula.