O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que está considerando uma série de medidas para aumentar o crédito do Brasil. Haddad disse que discutir uma agenda de crédito com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) será sua próxima prioridade depois de aprovar o plano fiscal.
“Aqueles que buscam mercados de capitais no Brasil hoje são aqueles que realmente precisam de capital de giro, até mesmo dinheiro para folha de pagamento. Eles estão pegando empréstimos e olhando para o passado, em vez de fazer investimentos e olhar para o futuro”, disse o ministro, em entrevista à Bloomberg News.
Ele acredita que uma boa reforma tributária seria a melhor contribuição que o governo pode dar à indústria brasileira. Haddad disse anteriormente que os bancos centrais não parecem entender totalmente a situação de crédito do Brasil e expressou esperança de que sua proposta de estrutura fiscal abra espaço para taxas de juros mais baixas.
Haddad diz que não há plano B para medidas do arcabouço fiscal
Fernando Haddad, disse também nesta terça-feira (4) que não tem “plano B” para as medidas que o governo irá tomar para atingir as metas do novo arcabouço fiscal. Além disso, o petista afirmou não temer que as ações sejam questionadas na Justiça.
“Os jabutis tributários atuais estão na Justiça, mas faremos uma nova Medida Provisória. Não vamos fazer jabutis, vamos fazer as coisas transparentes”, relatou Haddad. “Lei bem feita não tem plano B, quando é bem feita não tem plano B”, acrescentou.
Uma das medidas que será enviada ao Congresso é a regulamentação das subvenções da União aos Estados para investimentos, barrando o uso desses recursos em custeio.
“Uma nova lei vai regulamentar o que nós vamos subvencionar. Nenhum país que eu conheço subvenciona custeio. Vamos separar custeio de investimento e dar transparência para isso”, afirmou Haddad.