O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (7), sem citar nomes, que a decisão da Meta (M1TA34) de encerrar o programa de checagem de fatos preocupa o governo. Ele fez o comentário durante entrevista à GloboNews, ao abordar manifestações extremistas pelo mundo.
“Tivemos hoje o anúncio de uma importante organização de comunicação mundial, dizendo que vai retirar os seus filtros de fake news”, disse Haddad, acrescentando que essa decisão abre espaço para “calúnia e difamação” e “preocupa” o governo federal. As informações foram divulgadas pelo “Valor Econômico”.
Para o ministro, “questões ideológicas estão fazendo a diferença” no cenário mundial em termos eleitorais, impulsionadas, por exemplo, pelo avanço da “comunicação disruptiva”.
A Meta, proprietária do Facebook e do Instagram, comunicou nesta terça-feira que está encerrando seu programa de verificação de fatos por terceiros e substituindo-o por um programa de Notas da Comunidade, escrito por usuários. Esse modelo é semelhante ao utilizado pela rede social X, de propriedade do bilionário Elon Musk.
Segundo a Meta, a decisão foi motivada pelo fato de que os verificadores de fatos especialistas possuíam seus próprios preconceitos, o que resultava na verificação de muito conteúdo. A medida será inicialmente implementada nos Estados Unidos.
A organização também afirmou que pretende permitir “mais discurso” ao reduzir restrições sobre determinados tópicos que fazem parte de debates convencionais. A Meta afirmou que se concentrará em violações de “alta gravidade” e ilegais, como terrorismo, exploração sexual infantil e tráfico de drogas.
Haddad: Brasil deve ter fechado 2024 com déficit de 0,1%
O resultado primário nas contas públicas devem ter fechado o período fiscal de 2024 com déficit de 0,1% do PIB (Produto Interno Bruto), são as estimativas do governo federal, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (7). Esse resultado seria melhor do que as projeções do mercado.
“Um ano atrás, a previsão do mercado para o déficit público do ano passado era de 0,8% do PIB. Foi antes do episódio trágico no Rio Grande do Sul [enchentes no estado]. Vamos terminar o ano com 0,1% de déficit”, garantiu Haddad durante entrevista no programa Estúdio i, da GloboNews.
“[A projeção] Veio caindo de 0,8% para 0,7%, depois 0,6%, mas ninguém estava apostando muita coisa abaixo de 0,5%. Vamos terminar com 0,1%. A segunda casa depois da vírgula pode variar”, completou o ministro da Fazenda.