Política

Haddad descarta novo Desenrola para começo de 2024

Segundo Haddad, a inadimplência afetou 72 milhões de pessoas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), descartou nesta sexta-feira (29) a possibilidade de, no começo do ano que vem, fazer um novo Desenrola Brasil para renegociar uma nova onda de inadimplência caso os juros não recuem mais.

Segundo Haddad, a ideia não é essa. De acordo com o ministro, a inadimplência subiu a um nível inédito no País, afetando 72 milhões de pessoas, por conta da crise econômica ocasionada pela pandemia da Covid-19.

“Nós tivemos uma crise pandêmica, a inadimplência subiu a um patamar inédito, humilhou 72 milhões de pessoas, seus CPFs ficaram negativados. Então estamos fazendo um trabalho para atingir dezenas de milhões de brasileiros que nós esperamos que, com aumento da renda, queda do desemprego, queda de juro… consignado já caiu, Selic já caiu… eu penso que é uma grande contribuição que está sendo dada”, disse.

Apesar disso, Haddad admitiu que o Desenrola poderá ser acionado novamente ao longo dos anos. “Eu acho que essa plataforma continuará sendo usada ao longo dos anos, é nova e é um instrumento de fazer encontros entre credores e devedores. Penso que não tem em outros países. Acho que será um case a ser analisado.”

Haddad diz que governo estima PIB acima de 3% em 2023

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), falou na quinta-feira (28) sobre a revisão para cima na previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2023 no RIT (Relatório Trimestral de Inflação). “Deve subir mais. A nossa projeção atual está superior a 3%”, afirmou.

Segundo Haddad, as atualizações das projeções estão sendo percebidas desde o início do ano e que isso decorre das diferentes metodologias.

“Mas tudo está convergindo. Acredito que, sobretudo se votarmos os projetos importantes, vamos ter um bom quarto trimestre”, reiterou.

O Banco Central elevou a previsão de crescimento do PIB deste ano, de 2% para 2,9% na edição de setembro do RTI, divulgada nesta quinta-feira. Já para 2024, o BC crê em um crescimento de 1,8%.

Em relatório, o BC argumentou que a revisão foi feita por conta da surpresa positiva com o desempenho da economia no segundo trimestre.

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