Rachadinhas

Haddad deverá explicar ao STF acusação feita contra Flávio Bolsonaro

A declaração de Haddad foram feitas ao defender o trabalho de fiscalização da Receita Federal, após a polêmica com o Pix

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad/ Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad/ Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o prazo de 15 dias para se manifestar sobre uma declaração em que atribuiu a prática de rachadinhas ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). 

O nome se refere à prática criminosa de transferências de parte do salário dos servidores aos parlamentares. Flávio Bolsonaro entrou com uma queixa-crime contra Haddad no STF, alegando que o ministro teria cometido crimes de calúnia, injúria e difamação. 

Além disso, ele também entrou com uma queixa no Tribunal de Justiça do Distrito Federal por danos morais, pedindo uma indenização de mais de R$ 60 mil.

Haddad deu a declaração acusatória contra o senador na semana passada, durante o anúncio da revogação de um ato normativo da Receita Federal que previa o monitoramento de movimentações financeiras realizadas via Pix acima de R$ 5 mil.

“As rachadinhas do senador Flávio, elas foram combatidas, porque a autoridade identificou uma movimentação absurda nas contas do Flávio Bolsonaro”, disse o ministro da Fazenda ao se referir à importância da fiscalização.

Outro ponto mencionado por Haddad foi de que Flávio Bolsonaro não poderia reclamar da Receita, porque ele “foi pego pela Receita”. “Esse pessoal que comprou mais de 100 imóveis com dinheiro de rachadinha, não pode ficar indignado com o trabalho sério que a Receita está fazendo”, afirmou.

O senador considerou que a declaração de Haddad foi uma retaliação pela postura de oposição à norma da Receita Federal sobre fiscalização de movimentações do Pix, que gerou muitas fake news e repercussão engativa nas redes sociais, atraindo mais um desgaste ao governo federal.

Rui Costa diz que Haddad ‘ficou mais forte’ após crise do Pix

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, negou que o enfraquecimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após a derrota do governo sobre a nova fiscalização da Receita Federal com o Pix. Segundo o ministro, aconteceu o contrário, Haddad “ficou mais forte”. 

“Ao contrário […] Haddad saiu mais forte”, disse Rui Costa após ter sido questionado se Haddad saiu mais fraco do episódio. 

“A partir dessa reunião, a minha sensação, que estou há dois anos no governo e participei de várias reuniões, é que, de todas as reuniões que eu participei, essa foi a que eu mais gostei, a que eu mais senti uma percepção de unidade, de galvanização do conjunto dos ministros”, prosseguiu o ministro em conversa com jornalista nesta segunda-feira (20).

Rui Costa esteve presente na primeira reunião ministerial de 2025, promovida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro durou 7 horas e ocorreu na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República.

“Haddad não pode ter saído enfraquecido porque não houve nenhuma medida concreta ou verdadeira”, comentou. “O que se montou foi uma notícia facciosa, mentirosa para tentar aterrorizar a população”, acrescentou o ministro, segundo o “InfoMoney”.

Além disso, Rui Costa aproveitou a ocasião para enalteceu o Pix. “Ele segue forte, é mais do que um meio de pagamento hoje, ele estrutura as relações da sociedade”, citou. 

“Em hipótese nenhuma foi pensado em qualquer momento em tributar ou taxar Pix, ou que ele fosse comparável à recepção de renda para ser tributado”, afirmou o chefe da Casa Civil.

Em outra linha, sobre os investimentos do governo federal, Rui Costa disse que a gestão fará “mais do que o dobro” do que o ex-presidente Jair Bolsonaro realizou em sua gestão. Segundo ele, na parte da educação, será três vezes mais (investimentos).

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