O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta segunda-feira (23) que o Governo Federal observa “com interesse” a eleição presidencial na Argentina devido à integração do Mercosul, em meio à negociação de um acordo comercial com a União Europeia.
A fala de Haddad ocorre um dia após o primeiro turno da disputa presidencial argentina, que definiu que haverá segundo turno entre o governista peronista Sergio Massa e o libertário Javier Milei, que defende retirar o país do Mercosul.
“Não dá para comentar resultado de eleição, até porque tem o segundo turno agora. Nós estamos acompanhando com interesse por causa do Mercosul. O Mercosul é muito importante, a Câmara acaba de aprovar a entrada da Bolívia no Mercosul, está no Senado agora. Para nós é importante consolidar uma integração na região, a integração regional é muito importante para o Brasil”, pontuou Haddad aos jornalistas nesta manhã.
O ministro da Fazenda ainda lembrou que o Mercosul está em tratativas para concluir um acordo de livre comércio com a União Europeia.
“Estamos para negociar um acordo com a União Europeia, quanto mais integrados nós tivermos, melhor para sentar à mesa com a União Europeia e fazer um bom acordo para a região”, disse Haddad.
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A eleição presidencial na Argentina resultou em um segundo turno, que será disputado entre o Ministro da Economia, Sérgio Massa, e o deputado de orientação ultraliberal, Javier Milei.
Sendo assim, com 96,68% das urnas apuradas, os resultados ficaram em: Sérgio Massa – 36,56% dos votos; Javier Milei – 30,05%; Patricia Bullrich – 23,85; Juan Schiaretti – 6,83%; Myriam Bregnan – 2,69%.
No entanto, o candidato apoiado pelo governo, conseguiu uma recuperação notável ao longo da campanha eleitoral. Sua coalizão, a Unión por la Patria, obteve 27,27% dos votos nas eleições primárias de agosto, ficando em terceiro lugar. Naquela ocasião, Javier Milei liderou com 30,04% dos votos, enquanto Patricia Bullrich, do Juntos por el Cambio, alcançou a segunda posição com 28,27%.
Logo, ele obteve vantagem com uma expressiva votação em Alex Kicilof, que, sendo também membro da mesma coalizão peronista, disputou a reeleição para governador da província de Buenos Aires. Análises da mídia argentina destacam que essa região abriga 37% do eleitorado nacional.
