O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou ser provável que o Brasil necessite explorar petróleo na chamada Margem Equatorial, região marítima próxima à foz do rio Amazonas.
No entanto, Haddad também acrescentou que deve prevalecer uma “posição cautelosa” no governo, com os cuidados exigidos pela área ambiental.
“Na minha opinião, nós temos que parar de consumir petróleo não por falta de petróleo, esse é o ponto. Nós temos que ter petróleo até o momento que não precise mais dele. Então temos que correr com a outra agenda, mas sem perder de vista que podemos precisar do petróleo da Margem Equatorial, com as cautelas que o meio ambiente deve impor à Petrobras, e a Petrobras está ultra disposta a considerar”, afirmou, em entrevista ao programa Canal Livre, da “rede Bandeirantes”, divulgada no último domingo (17).
O Ibama negou licença à Petrobras (PETR3;PETR4) para fazer estudos exploratórios para verificar a existência de petróleo na região, alegando que o estudo estava incompleto.
Com isso, a estatal recorreu da decisão do órgão governamental, mas ainda não obteve uma resposta.
Recentemente, em entrevista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a Margem Equatorial poderá sim vir a ser explorada.
“O Brasil não vai deixar de pesquisar a Margem Equatorial. Se encontrar a riqueza que pressupõe que exista lá, é decisão de Estado se vai explorar ou não”, disse Lula, durante viagem à Índia.
Haddad fala em reforma administrativa “nos termos corretos”
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que o Governo Federal aceitaria avançar na discussão sobre uma reforma administrativa com o Congresso Nacional desde que “nos termos corretos”.
Em entrevista ao programa Canal Livre, da “TV Bandeirantes”, exibida no último domingo (17), Haddad criticou a existência dos supersalários, que consistem em remunerações acima do teto concedidas a pequenos grupos de servidores por meio de penduricalhos permitidos pela legislação atual.
“É um absurdo o Brasil conviver com esses supersalários com a população enfrentando as dificuldades que enfrenta”, afirmou Haddad.