O possível ministro da Fazenda do governo eleito, Fernando Haddad (PT), disse, na última quarta-feira (30), em Brasília, que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da transição deve servir para ganhar o tempo necessário para aprovar a reforma tributária no Congresso Nacional e, depois, encaminhar ao Parlamento um novo arcabouço fiscal.
“Estamos, justamente, ganhando com a PEC de transição o tempo necessário para abrir discussão com sociedade sobre âncora fiscal. Temos perspectiva boa de aprovar a reforma tributária ano que vem”, afirmou Haddad.
“O ideal é que, com reforma tributária, a gente paralelamente remeta para o Congresso um novo arcabouço fiscal, porque aí vai ser coerente com a reforma que terá sido feita”, complementou o ex-prefeito de São Paulo.
De acordo com Haddad, as reformas tributárias em tramitação no Congresso estão bem encaminhadas. “Uma delas certamente vai contemplar governadores e o governo federal”, disse o aliado de Lula.
A PEC da Transição, protocolada pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), objetiva retirar o Auxílio Brasil (Bolsa Família) do teto de gastos por quatro anos. O valor requerido, entretanto, gera conflitos na aprovação da PEC. O governo eleito quer a autorização para o gasto de R$ 198 bilhões acima do teto.
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Haddad pode ser ministro da Fazenda no governo Lula
O mercado vive, nesta semana, a expectativa do anúncio de Fernando Haddad ao cargo de ministro da Fazenda pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que terá início em 1º de janeiro de 2023.
Há pouco mais de uma semana, durante a COP27, boatos de que Fernando Haddad será o novo ministro da Fazenda no governo Lula “ganharam força”, após o evento que aconteceu no Egito.
Segundo a coluna de Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, “não teve um só integrante da comitiva de Lula na COP 27 que não saiu do Egito com a sensação de que Fernando Haddad será o novo ministro da Fazenda”.
Na última segunda-feira (28), Haddad afirmou que iria se reunir com os integrantes da transição de governo que atuam em grupos de trabalho da área econômica. Até esta quinta-feira (1) não houve anúncio oficial sobre quem ocupará o cargo de ministro da Fazenda.
