Política

Haddad nega existência de proposta de moeda única para o Mercosul

"Não existe moeda única, não existe essa proposta", disse Haddad

Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, afirmou nesta quinta-feira (05) que não existe nenhuma proposta para criação de uma moeda única entre os países do Mercosul. A revelação foi feita após o petista deixar a cerimônia de posse da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB).

“Não existe moeda única, não existe essa proposta”, disse. Além de marcar presença no evento, Haddad irá se reunir na tarde de hoje com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), às 14h30 (de Brasília).

Apesar da negativa de Haddad, o embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, afirmou que a proposta de uma moeda única para o Mercosul foi sim discutida, em encontro em Brasília com o ministro da Fazenda.

Haddad diz que taxa de juros do Brasil é anormal

Recentemente, Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, chamou de “anômala” a taxa de juros praticada atualmente no Brasil. Em entrevista ao portal “Brasil 247”, o ex-presidenciável também relatou que vê como “fora de propósito” a atual taxa de juro real, em relação à inflação.

“Então você tem um mundo onde você tem uma taxa de inflação menor que EUA e Europa, só que nós estamos com a taxa de juros maior do planeta, a taxa de juros real. Então olha o paradoxo que nós estamos vivendo. É uma situação completamente anômala, uma inflação comparativamente baixa, e uma taxa de juros real fora de propósito para uma economia que já vem desacelerando, só não diz isso aquele que quer mal informar a população, ela já vinha se desacelerando”, afirmou.

De acordo com Haddad, o aumento nos gastos públicos no último ano de governo promoveu o aumento dos juros no Brasil.

“Eles sabem disso, eles fazem isso o dia todo, mas o problema é que não entendo porque isso não vem à luz com a clareza que deveria, o custo que a farra eleitoral produziu. Nós tivemos uma farra eleitoral, um presidente fadado ao fracasso, desesperadamente buscou sua reeleição. E produziu uma expansão do gasto, das isenções, que veio acompanhado de um brutal aumento da taxa de juros, que saiu de 2%, para 13,75%”, relatou Haddad.