Política

IBGE: taxa média de desemprego no Brasil recua para 8,0% no 2T23

Essa é a menor taxa para um trimestre encerrado em junho desde 2014

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revelou que a taxa média de desemprego no Brasil registrou um novo recuo no segundo trimestre de 2023, atingindo 8,0%. Isso representa uma redução de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre de janeiro a março.

Segundo o instituto, essa é a menor taxa de desemprego para um segundo trimestre de 2014. Além disso, em comparação com o segundo trimestre de 2022, houve uma queda de 1,3 ponto percentual na taxa de desemprego, que era de 9,3%.

Os analistas esperavam uma queda menor, projetando uma taxa de desemprego de 8,2% em junho, mas o resultado ficou abaixo das expectativas.

No segundo trimestre de 2023, o número de pessoas desocupadas no país era de cerca de 8,6 milhões, representando uma queda de 8,3% em relação ao trimestre anterior e de 14,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, o total de pessoas ocupadas foi de 98,9 milhões, com um aumento de 1,1% na comparação trimestral e de 0,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, a queda na taxa de desemprego no segundo trimestre sugere uma recuperação do padrão sazonal desse indicador. “Pelo lado da ocupação, destaca-se a expansão de trabalhadores na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, no trimestre e no ano”, destacou em nota.

IPCA-15 desacelera para 0,07% em julho

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, teve uma variação de -0,07% em julho. O comunicado feito nesta terça-feira (25 revelou que essa foi a primeira vez desde setembro de 2022, quando o índice caiu 0,37%, que foi registrada uma variação negativa do indicador.

A deflação divulgada foi mais intensa do que a estimativa por analistas do mercado financeiro. O consenso Refinitiv apontava para uma queda de 0,01% no mês.

No acumulado dos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 3,19%, ante 3,40% observados nos 12 meses até junho. Para essa leitura, o consenso dos analistas estava em 3,26%.

O dado manteve a tendência de desaceleração no ano, após ter alcançado 0,76% em fevereiro, 0,69% em março, 0,57% em abril, 0,51% em maio e 0,04% em junho.

De acordo com o IBGE, o principal fator que impactou negativamente o resultado do mês foi a queda nos preços da energia elétrica residencial, registrando uma retração de 3,45%. Essa redução ocorreu após a incorporação do Bônus de Itaipu, que foi creditado nas faturas de julho.

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