
A possibilidade de Flávio Bolsonaro entrar oficialmente na corrida presidencial de 2026 ganhou força na tarde desta sexta-feira (5). Rapidamente a notícia mudou o humor dos investidores.
A informação, divulgada pelo portal Metrópoles. De acordo com eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria indicado o senador como seu nome para a disputa, elevou a percepção de risco político, justamente no dia em que o mercado celebrava novos recordes.
Bolsa recua após máxima histórica
Por volta de 13h20 (horário de Brasília), o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, caía 0,5%, aos 163.588 pontos. A queda ocorreu minutos depois de a Bolsa tocar uma nova máxima histórica de 165.036 pontos, impulsionada inicialmente pelos dados de inflação dos EUA.
Até a notícia sobre o cenário eleitoral ganhar tração, o rali era explicado pela leitura do PCE, indicador de preços preferido do Federal Reserve (Fed), que veio em linha com as expectativas e reforçou apostas de corte de juros na próxima reunião do banco central norte-americano.
Dólar salta e juros futuros acompanham
A virada também alcançou o câmbio. O dólar comercial avançava cerca de 1,8%, negociado próximo de R$ 5,40. Entretanto, os juros futuros passaram a subir em bloco, refletindo um prêmio de risco maior diante da antecipação do debate eleitoral.
Fontes do mercado apontam que o movimento ocorre sempre que surge a expectativa de uma campanha polarizada, com potenciais impactos sobre a política fiscal e a condução econômica do País.
Dessa forma, a menção ao nome de Flávio Bolsonaro recolocou no radar o risco de tensionamento político — um tema especialmente sensível para investidores locais e estrangeiros.
Eleições 2026 entram no radar do mercado financeiro
Supostamente, Jair Bolsonaro teria comunicado a aliados, de dentro da prisão, que Flávio será o representante do grupo político na corrida presidencial.
Dessa forma, o mercado passou a avaliar os possíveis desdobramentos para o cenário macroeconômico e para a tramitação de medidas fiscais no Congresso.
Além disso, investidores lembram que, apesar de ainda faltar tempo para o início oficial da campanha, qualquer sinalização antecipada costuma aumentar a volatilidade nos ativos brasileiros, principalmente em sessões com liquidez mais reduzida.