O Itaú (ITUB4) revisou a projeção para o IPCA de 2023 após a Petrobras (PETR4) anunciar redução nos preços dos combustíveis, na terça-feira (16). O banco reduziu a previsão de 6,0% para 5,8%. Já para o ano seguinte, 2024, a previsão do unibanco permaneceu em 4,5%. As informações são do Estadão
As economistas Luciana Rabelo e Julia Passabom acreditam que a mudança no preço dos combustíveis pode anular quase 100% do impacto altista da volta de tributos federais e estaduais sobre o preço da gasolina no ano. “Cabe lembrar que a nossa projeção para o ano inclui alíquota de R$ 1,22 no ICMS sobre a gasolina no mês de junho (impacto de +21bps) e a volta do Pis/Cofins de R$ 0,34 sobre a gasolina em julho (impacto de +34bps)”, escreveram no relatório.
Elas ainda alertam que, de acordo com a política de preços da estatal, pode haver espaço para corte adicional, provavelmente em julho, caso o preço do petróleo siga com preço próximos a US$ 75 o barril e o câmbio continue abaixo de R$ 5.
A previsão do Itaú leva em conta preços administrados em 10,2% e livres, em 4,3%, com destaque para a alta de 1,5% em alimentos. “A desinflação se dá com clima favorável para o plantio e colheita da safra brasileira e americana esse ano, com El Niño no segundo semestre, bem como pela queda observada no preço de fertilizantes, após o choque observado do ano passado”, afirmam as economistas.
Petrobras (PETR4): Acelen anuncia que não seguirá redução de preços
A Acelen, que administra a Refinaria Mataripe (antiga Landulpho Alves), informou nesta terça-feira (16) que não seguirá a nova política de preços da Petrobras (PETR4), que pôs fim ao modelo de paridade com o mercado internacional. Por conta da mudança, a estatal anunciou uma redução na gasolina, diesel e gás de cozinha, que já começam a vigorar nesta quarta-feira (17).