Política

INSS: Juros do consignado devem ser de 1,99% para desconto em folha

Taxa com desconto em folha deve subir de 1,7% para 1,99%, e a do cartão consignado, de 2,62% para 2,91%

 

A taxa de juros do consignado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para aposentados deve sofrer reajuste. De acordo com o G1, interlocutores que participam diretamente das discussões, a taxa com desconto em folha deve subir de 1,7% para 1,99%, e a do cartão consignado, de 2,62% para 2,91%.

O percentual deve ser apresentado ao Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) nesta terça-feira (28). Segundo técnicos que participaram das discussões, os bancos mantêm a proposta de 2,01%, mas admitem que serão voto vencido na reunião do colegiado — o governo tem maioria no Conselho, 12 votos dos 15 integrantes.

O novo limite, contudo, é considerado razoável, considerando que o teto atual é de 1,70% ao mês. Também ficará ligeiramente acima de 1,95%, última proposta do Executivo.

A elevação em 0,29 ponto percentual também deverá ser aplicada no teto da taxa do cartão de crédito consignado, que caiu e 3,06% para 2,62%, na mesma reunião do CNPS. Sendo assim, o percentual passaria a 2,91% ao mês. Os bancos propuseram 2,95%.

Com aumento da taxa, os bancos devem reabrir a linha, suspensa por uma série de instituições financeiras após o ministro da Previdência, Carlos Lupi, ter aprovado no Conselho a redução do teto de 2,14% ao mês para 1,70%.

O assunto será discutido em uma reunião coordenada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, com os ministros da Previdência, Carlos Lupi, da Fazenda, Fernando Haddad, e do Trabalho, Luiz Marinho, nesta segunda-feira (27), às 19h.
 

Consignado do INSS: bancos suspendem empréstimo

Bancos privados decidiram suspender a oferta de empréstimos consignados do INSS. A decisão acontece após o Conselho Nacional de Previdência reduzir, na segunda-feira (13), o juro máximo permitido nessa operação, passando de 2,14% para 1,70%.

Os bancos afirmam, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que não têm condições de pagarem os custos de captação de clientes com as novas taxas determinadas pelo órgão ligado ao Ministério da Previdência.

Entre as instituições que decidiram interromper a oferta do crédito estão todos os grandes bancos privados, como Itaú Unibanco, Bradesco e Santander. O Itaú confirmou a decisão, os demais bancos, não. Não há indicações de que Caixa e Banco do Brasil vão suspender as operações.

De acordo com o “G1”, o Palácio do Planalto viu a decisão do CNPS como mais uma medida tomada sem passar pelo núcleo do governo. Na terça-feira (14), o presidente Lula repreendeu ministros e integrantes do governo que tomam decisões sem consultar a Casa Civil.

O Ministério da Fazenda alertou a Previdência Social, antes da reunião de segunda, de que a decisão iria ser um tiro no pé: ao invés de ampliar a oferta de crédito, iria reduzir as linhas do consignado.