Boulos

Justiça suspende rede social de Marçal na véspera da eleição

A determinação da Justiça implica na suspensão da conta por 48 horas

Pablo Marçal
Pablo Marçal / Foto: Andre Mateus / Divulgação

A Justiça Eleitoral determinou a suspensão do perfil do candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), na rede social Instagram, na noite de sábado (5). A medida veio após o candidato publicar uma foto de um receituário falso que comprovaria que o também candidato Guilherme Boulos (PSOL) teria feito uso de cocaína.

A determinação da Justiça implica na suspensão da conta por 48 horas.

A decisão foi proferida pelo juiz Rodrigo Capez e motivada por uma denúncia de Boulos. O juiz apontou que a conta de Marçal tem sido utilizada para espalhar “fatos infamantes e inverídicos” e ainda mencionou indícios de pelo menos quatro crimes eleitorais.

Segundo a autoridade, a divulgação da foto ocorreu estrategicamente, às vésperas do pleito, com um intuito evidente de interferir no processo eleitoral. Além da suspensão do perfil, conforme informações da “Gazeta”, Capez solicitou que a Polícia Federal investigue o caso.

Juiz determina sigilo sobre pedido de prisão de Boulos contra Marçal

O juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, decidiu no sábado (5) que a notícia-crime apresentada por Guilherme Boulos (PSOL), que pede a prisão de Pablo Marçal (PRTB), deverá permanecer sob sigilo.

O magistrado enviou o caso para o núcleo dos Juízes de Garantia da capital paulista, onde o Ministério Público será convocado a se manifestar a respeito, por meio da abertura de um inquérito. Não há um prazo definido para o andamento desse processo.

Na sexta-feira (4), o influenciador divulgou um laudo falsificado na tentativa de associar Boulos, que também é candidato, ao uso de substâncias ilícitas. Diversas evidências coletadas nas horas seguintes à divulgação indicam que o prontuário apresentado foi, de fato, forjado.

Boulos pede prisão de Marçal

Boulos, conforme antecipou a coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, solicitou à Justiça a prisão do influenciador por falsificação de documentos. O parlamentar também pediu a detenção de Luiz Teixeira da Silva Junior, sócio da clínica citada no laudo falso, que é próximo do ex-coach.

De acordo com o documento falsificado atribuído à clínica Mais Consulta, Boulos teria sido atendido em janeiro de 2021 na unidade do Jabaquara, na zona sul de São Paulo, durante um surto psicótico.