Eleições EUA

Kamala Harris: principais doadores democratas endossam campanha

Contribuidores haviam dito que poderiam reter até US$ 90 milhões em doações de campanha caso Joe Biden continuasse na disputa

Kamala Harris
Foto: Fotos Públicas

Os principais doadores do Partido Democrata endossaram o nome de Kamala Harris à presidência dos EUA e iniciaram movimentos para aumentar os recursos para a companha.

O cofundador do LinkedIn, Reid Hoffman, disse através do X (antigo Twitter) que Harris é “a pessoa certa no momento”. Ele já destinou mais de R$ 8,6 milhões à campanha de Biden-Harris.

“Kamala Harris é a pessoa certa no momento certo. Donald Trump e JD Vance estão prometendo uma agenda que causará estragos ao povo americano. A experiência e liderança de Harris no crescimento da economia, na luta pela autonomia corporal e na proteção da nossa democracia a posicionam de maneira única para enfrentar o extremismo de Trump”, disse Hoffman.

Brad Karp, economista de Wall Street, também apoiou o nome de Kamala Harris. Ele disse ao Financial Times que ela “seria uma candidata formidável e uma presidente excelente”.

Outros nomes como o dos bilionários George e Alex Soros, da Open Society, Paul Weiss, presidente do escritório de advocacia corporativa e Reed Hastings, presidente da Netflix, também comemoraram a indicação.

Contribuidores do principal fundo de doação de campanha do Partido Democrata, o Future Forward, disseram, no início do mês, que poderiam reter até US$ 90 milhões em doações de campanha caso Joe Biden continuasse na disputa.

Após o anúncio de desistência do presidente, a campanha de Harris já arrecadou US$ 49,6 milhões. Ao abrir mão da corrida presidencial, ele declarou apoio à Kamala.

Biden desiste da corrida presidencial e apoia Kamala Harris

O presidente dos EUA, Joe Biden, desistiu da corrida presidencial. Biden estava sendo pressionado a abandonar a corrida após apresentar um fraco desempenho no debate contra seu principal oponente, o ex-presidente Donald Trump. O anúncio foi realizado através do Instagram de Biden no domingo (21).

A pressão para a desistência de Biden vinha de patrocinadores de sua campanha e por democratas. A visão negativa surgiu após o debate de Biden contra Trump, que ocorreu no dia 27 de junho, quando Biden não mostrou o “vigor esperado” por seus apoiadores.

Além disso, após o anúncio de que Biden precisou cancelar sua palestra na conferência anual UnidosUS por ter testado positivo para Covid-19, levantou-se a possibilidade de que o democrata já havia aceitado a necessidade de abandonar da reeleição.

As informações haviam sido confirmadas por fontes próximas à Casa Branca para jornais dos EUA.

Na tarde do domingo, o presidente dos EUA publicou em seu Instagram um comunicado em que afirmava que “embora tenha sido a sua intenção buscar a reeleição”, é do interesse do partido e do país que ele se concentre “exclusivamente no cumprimento dos meus deveres como Presidente durante o resto do mandato”.

Além disso, ainda no comunicado, ele agradeceu a todos os seus apoiadores, incluindo sua vice-presidente Kamala Harris, “por ser uma parceira extraordinária em todo este trabalho”.